O Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) realizará, no dia 13 de novembro, das 9h às 13h, um seminário sobre Educação Digital. O evento foi agendado nesta segunda-feira, dia 15, durante a visita da procuradora federal Ana Padilha Luciano de Oliveira e da ouvidora da UFRJ, professora Cristina Ayoub Riche, à 842ª reunião ordinária do Conselho de Coordenação do CFCH.
A visita teve como objetivo apresentar o projeto “Ministério Público pela Educação Digital”, que teve início em 2009 em escolas públicas e privadas de Ensino Médio e agora contemplará as universidades federais. Em parceria com a ONG Safernet, o Ministério Público Federal (MPF) orienta as instituições de ensino a como lidar com denúncias de “ciberbullying” e demais práticas abusivas realizadas através da internet.
“A proposta é passar à comunidade universitária orientações, sobretudo, no que diz respeito a racismo, ‘sexting’, ‘revenge porn’, homofobia pela internet e outros temas que são violações de direitos humanos e que a sociedade está iniciando a discussão sobre como lidar. Nada melhor do que começar essa segunda fase na UFRJ, tendo em vista o tamanho e a importância desta universidade para o país”, afirma a procuradora federal. Segundo ela, o público preferencial são professores, profissionais e estudantes de Serviço Social, Comunicação Social, Psicologia e Pedagogia, que possam servir como multiplicadores deste conhecimento. “Basicamente, o que vamos discutir é a ética nas relações digitais, o que se faz pela pela internet”, completa.
Cristina Riche lembra que o Artigo 129 da Constituição fala do papel de “Ombudsman” do Ministério Público. Segundo ela, a ideia da parceria com o MPF surgiu a partir de denúncias de abusos via internet que tem chegado até à Ouvidoria da UFRJ. “Tem nos preocupado bastante manifestações de problemas de relacionamento entre colegas, ou entre professor-aluno, nas redes sociais. Quando nós fomos procurados pelo MPF, analisamos a proposta deste projeto, que tem um cunho pedagógico, mas também de acolhimento a pessoas que, muitas vezes, não sabem a quem recorrer. Como muitas pessoas têm adoecido em decorrência desses ataques virtuais, nós compreendemos que temos um papel importante a desempenhar na defesa dessas pessoas”, explicou a ouvidora.
Ainda de acordo com Cristina Riche, o CFCH é um Centro estratégico para iniciar este trabalho na universidade. “Como o Ministério Público considera importante a interlocução com o Serviço Social, a Psicologia, a Pedagogia e a Comunicação, nós achamos que o CFCH é o lugar ideal para começar esta atividade na UFRJ. Tenho certeza de que esta é uma parceria que vai trazer resultados para a defesa e promoção da dignidade humana. Este é o nosso objetivo: construir uma relação dialógica em que a ética, entendida como a coexistência na busca do bem comum, seja o ideal a ser conquistado”, concluiu a ouvidora.
Reportagem e fotos: Pedro Barreto/SeCom/CFCH
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