A nova Direção da Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ tomou posse na tarde desta terça-feira, dia 13 de novembro, no Auditório do Instituto de Psicologia (IP), no campus universitário da Praia Vermelha. As professoras Miriam Krezinger Azambuja e Elaine Martins Moreira assumiram os cargos, respectivamente, de diretora e vice-diretora da unidade, em cerimônia presidida pelo professor Roberto Leher, reitor da UFRJ. Estiveram presentes, entre pró-reitores, diretores e outros dirigentes, a vice-reitora da UFRJ, professora Denise Nascimento; o professor Marcelo Macedo Corrêa e Castro, decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH); a professora Andréa Teixeira, diretora da ESS-UFRJ na gestão 2014-2018; e a professora Sheila Backx, vice-diretora na gestão 2014-2018.
Andréa Teixeira, que entregava o cargo, falou do histórico de luta e resistência da unidade. “Não deixamos de nos manifestar publicamente sobre os fatos que marcaram o país nos últimos quatro anos. A tarefa, de agora em diante, é continuar lutando pela Universidade pública. Esta é a tradição e também o futuro desta Escola”, destacou a professora. Elaine Moreira endossou as palavras de Andréa. “É o momento de unir forças e lutar por aqueles que não têm acesso à universidade e também de garantir as conquistas daqueles que estão aqui dentro. Vamos trabalhar juntos pelo futuro da Educação pública deste país”, ressaltou.
A nova diretora apontou os compromissos da futura gestão: com a Educação pública universal, laica, gratuita e de qualidade; com a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; com a diversidade e pluralidade; com os direitos humanos no âmbito da ESS-UFRJ; contra práticas machistas, racistas e homofóbicas; contra o assédio moral no quatro segmentos (docentes, técnicos, discentes e terceirizados); com os coletivos de Mulheres e de Negras e Negros. “O momento é absolutamente sombrio. Novos desafios nos aguardam. Para isso, é preciso estimular na comunidade acadêmica o respeito às diferenças. Declaro o nosso incondicional apoio à luta da Reitoria pela Educação pública, contra as desigualdades e contra as formas de intolerância. Precisamos nos unir na construção de uma sociedade menos desigual e mais democrática”, enfatizou a diretora. “A travessia promete ser longa e não podemos perder o rimo, nem nos afastar uns dos outros. Temos que articular as lutas de classe, de gênero e de raça, repensar com radicalidade a nossa profissão e promover uma revisão crítica da nossa matriz curricular”, afirmou Miriam.
Marcelo Macedo Corrêa e Castro reforçou o tom das falas anteriores. “Esta unidade é viva e eu tenho certeza de que ela continuará neste lugar crítico, mas ao mesmo tempo propositivo, de liberdade, não de corporativismo”, apontou. “A Escola está reivindicando escrever a sua História. O que está em crise atualmente é o ideal da sociedade republicana. A História real tem um chão duro, longo e árido, mas nós estamos nele. Precisamos produzir a reflexão crítica, que é o papel da Universidade pública”, completou o decano do CFCH. Denise Nascimento recordou as parcerias entre a ESS-UFRJ e a Reitoria durante os últimos anos. “Temos que celebrar as conquistas como a criação do restaurante universitário da Praia Vermelha, que contribuiu para a política de permanência dos nossos estudantes. Sabemos que não foi possível fazer tudo que pretendíamos. Mas esses são os desafios que ficam para as próximas gestões”, disse a vice-reitora. “Guimarães Rosa disse que ‘o que a vida espera da gente é coragem’. Portanto, é isso que desejo a vocês, que tenham quatro anos de um mandato pulsante”, completou.
O reitor Roberto Leher encerrou a cerimônia enaltecendo a importância da ESS-UFRJ para toda a sociedade brasileira. “Este dia é muito importante para o Serviço Social e para a Universidade pública brasileira. Esperamos um novo mundo, livre da barbárie, do racismo, da homofobia. Prezamos muito o conceito do que seja uma ‘comunidade universitária’: um espaço em que temos confiança em estarmos juntos e não permitir que tenhamos receito em externar o nosso conhecimento”, destacou o magnífico. “A Escola ocupa um lugar muito estratégico na UFRJ. Esta é uma unidade acadêmica que nos ajuda a pensar a questão social em um país capitalista-dependente com uma história em que as elites têm características autocráticas muito marcadas. Ela, seguramente, nos ajuda a interpelar o mundo real e a pensar a particularidade da questão social em nosso país”, apontou. “Esta Escola tem um projeto étnico-social que envolve mudanças importantes. A sua tradição nos ajuda a pensar o que é viver em um país como o nosso, na pobreza e, assim, pensar nas políticas sociais. Por isso ela tem um papel fundamental para aprofundarmos o debate sobre o Universalismo: uma discussão em que a Universidade possa ser uma instituição aberta a todos que têm um rosto humano”, finalizou o reitor da UFRJ.
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