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Conselheiros debatem propostas da chapa 30

Sob o slogan “Respeito, diálogo e busca de consenso: universidade democrática, livre, verdadeiramente autônoma e resgate da autoestima”,

Foto: SeCom/CFCH a professora Denise iniciou a apresentação a partir de oito eixos de gestão: 

Eixo 1: Transparência, democracia e participação;

Eixo 2: Compromisso com a administração pautada em valores éticos, humanitários e justos;

Eixo 3: Implantação de políticas de permanência e acesso de alunos que garantam a referência social da UFRJ. Sobre este ponto, a candidata afirmou: “Não aceitamos a precarização de ensino como vem acontecendo nos últimos anos. Não aceitamos que alunos venham para cá sem condições de permanência estudantil. Tem que ter sala de estudo 24 horas, redes sem fio em todos os campi, residências adequadas”.

Eixo 4: Novas políticas de Recursos Humanos que garantam condições de trabalho e formação continuada de dos servidores técnico-administrativos;

Eixo 5: Incentivo à produção e difusão do saber. “Temos que qualificar o nosso corpo técnico-administrativo”, disse a candidata.

Eixo 6: Construção democrática de um projeto socioambiental que sirva para a sociedade brasileira;

Eixo 7: Reitoria que represente e defenda os interesses da comunidade universitária frente aos órgãos do Estado. “Precisamos lutar pelos interesses da universidade junto ao governo. Temos que passar a pautar o poder público”, apontou.

Eixo 8: Resgate acadêmico e da infraestrutura física e de pessoal.

Terceirização

A partir da apresentação, os conselheiros, representantes dos três segmentos da universidade e o restante do público passaram a indagar os candidatos a respeito das propostas e questões afins. O professor Marco Aurélio Santana, diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), abordou o tema da terceirização por que passa a universidade e quais os planos da chapa. “Não sou a favor da terceirização. Sou contra a passagem do público para o privado. É a pior coisa que pode acontecer à nossa universidade. Me angustia demais essa escolha da universidade. Quanto mais pudermos fortalecer as instituições públicas, melhor. A universidade pública está se privatizando por dentro. A terceirização existirá no limite em que ela puder existir. Não pode aumentar como aumentou nos últimos anos”, analisou a candidata. Denise Pires aproveitou ainda para defender a qualificação do corpo técnico-administrativo. “A UFRJ não tem dado o exemplo de como ter ações sociais aqui. Quantos profissionais poderiam estar se qualificando? Tenho certeza de que se oferecêssemos cursos noturnos de qualificação, muitos servidores teriam interesse”, defendeu.

Prédios históricos

O professor Amaury Fernandes, diretor da Escola de Comunicação (ECO), indagou acerca da preservação dos prédios históricos da universidade. “Nossa interlocução com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) deve melhorar. O Diprit (Divisão de Preservação de Imóveis Tombados) não deve continuar ligado ao ETU (Escritório Técnico da Universidade), mas sim ao Gabinete do Reitor”, afirmou Denise. Sobre o Plano Diretor, a candidata disse: “Deve ser revisto. Ele foi elaborado em 2007 e já é tempo de ser rediscutido. O CAp (Colégio de Aplicação) e a Faculdade de Educação devem ir para o Fundão porque há um projeto por trás disso. A ECO deve permanecer onde está, próxima do Canecão. As unidades não têm que ser transferidas de forma autoritária. Mas também precisamos saber quais são os projetos das unidades. Quero todos os campi muito bem ocupados. Não pode ficar aqui ‘porque quer’. Essa é uma área muito nobre e por isso temos que ter projetos”, argumentou. Na mesma linha, a professora Ana Maria Monteiro, diretora da Faculdade de Educação, questionou acerca das condições precárias da unidade. “Vamos tocar as obras que estão paradas no Palácio Universitário e no Fundão”, garantiu a candidata.

Política de Pessoal 

Alessandra Sarkis, diretora da Escola de Educação Infantil (EEI), indagou sobre a política de Pessoal para a Educação Básica. “Vamos atender às demandas das unidades para as vagas de (servidores) técnico-administrativos. Devemos evitar ao máximo a política de professor substituto. Isso também é precarização. Investir em Educação é prioridade. Se tivermos um ministro da Educação que entenda da área, teremos vagas para concurso”, afirmou Denise. Sobre a os servidores técnico-administrativos, a candidata defendeu a criação de uma Cotav para a categoria. 

Orçamento participativo

A candidata também falou sobre a proposta de orçamento participativo. “Criaremos uma comissão permanente de orçamento e de Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão que definirá um plano de ação para a integração acadêmica”, defendeu. Questionada pelo professor Vantuil Pereira, diretor do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (Nepp-DH), quanto à criação de novas unidades gestoras (UGs), a candidata se disse favorável. “Não tenho nenhum interesse na centralização. Há UGs sendo criadas e não me oponho a isso, se for de interesse de suas direções”, afirmou.

Acesso e permanência

O professor Marcelo Macedo Corrêa e Castro, da Faculdade de Educação (FE) e decano do CFCH nos quadriênios 2006-2010 e 2010-2014, pediu mais detalhes sobre a proposta da chapa acerca da política de acesso e permanência, abordada na apresentação inicial do programa. “Temos que ter professor, salas de aula adequadas, cursos de férias, cursos noturnos. Precisamos lutar por mais verba de assistência estudantil. A residência estudantil deve ser prioridade máxima. Eu teria feito primeiro as novas residências e não reformado o antigo alojamento”, disse a candidata. “Defendemos as cotas e o acesso democrático como foi feito nos últimos anos. Mas quando falamos em precarização, estamos nos referindo ao fato de não termos uma avaliação do processo de ensino/aprendizagem. Temos muitos alunos de fora que não têm condições de se manter aqui. O aluno tem que se formar crítico e competente. Não estamos avaliando a qualidade do aluno. Temos que avalia-lo, ouvi-lo”, continuou. Denise Pires também falou a respeito da evasão causada pela eventual escolha equivocada dos cursos. “A mobilidade interna é muito difícil dentro da UFRJ. Não temos política para o aluno que não se identifica com o curso que faz”, disse.

Campus da Praia Vermelha 

Em mais de uma oportunidade, os conselheiros do CFCH manifestaram sua preocupação com a precariedade de condições do campus da Praia Vermelha. “O desenvolvimento das Ciências Humanas é fundamental. O CFCH é um exemplo de como se deve fazer. Mas precisamos melhorar a infraestrutura. Não podemos continuar funcionando em contêineres. Isso é precarização”, afirmou a candidata.

Ebserh

Repetidas vez, Denise Pires foi enfática ao se posicionar contra a adesão da UFRJ à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). “Não sou a favor da Ebserh. Sou a favor do SUS. Sou contra os planos privados de saúde. Os atendimentos de alta complexidade têm que ser todos públicos. Com a Ebserh os hospitais deixarão de ser nossos. Mas também não sou favorável ao modelo atual, porque há empresas privadas lá dentro. Como o modelo atual não funciona, precisamos pensar qual é o modelo ideal e o fórum de discussão para isso é o Consuni. A UFRJ fez a pior opção possível, que foi não optar”, afirmou categoricamente. 

Supertic

O sistema de redes de informática e tecnologia de informação e comunicação também foi debatido entre os presentes. “A Supertic tem que estar vinculada ao Gabinete do Reitor. Um plano estratégico precisa ser rapidamente definido”, defendeu Denise Pires. O candidato a vice-reitor, Walter Suemitsu, professor da Escola Politécnica, também comentou o tema. “A UFRJ proíbe a terceirização dos serviços de Informática. Tem que ter um modelo de gestão para fazer os sistemas, o que não temos ainda. A parte acadêmica precisa ter uma gestão. Atualmente, a Supertic está voltada apenas para a parte financeira”, analisou.

Foto: SeCom/CFCHPolítica de Comunicação

Ambos os candidatos também se manifestaram favoráveis à elaboração de uma política de Comunicação para a UFRJ. “Dedicamos uma página e meia do nosso programa para este tema, elaborada pelo (professor) Amaury (Fernandes, diretor da Escola de Comunicação). Talvez tenhamos que criar uma superintendência de Comunicação. Teremos ilhas de edição, rádio, TV, jornal impresso. Precisamos passar a filmar as nossas aulas. A CoordCOM tem que ser fortalecida”, afirmou Denise Pires. “Muita gente não sabe que vai ter eleição em abril. Comunicação também é democracia. Este é um ponto fundamental para nós”, defendeu Walter Suemitsu.

Outros pontos também abordados pela professora Denise Pires durante a apresentação da chapa:

Complexo hospitalar

“Vamos recuperar e fortalecer as unidades hospitalares e redefinir o Complexo Hospitalar”.

Procuradoria da UFRJ

“Estamos reféns. Precisamos conversar com a Procuradoria.”

Sisu

“Acho que o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) foi um avanço em termos de mobilidade de estudantes entre os estados. Mas não sei se temos utilizado o exame da melhor forma.”

Petrobras

“Precisamos repensar a nossa relação com a Petrobras e o Parque tecnológico.”

Scri

“Devemos pensar na internacionalização dos nossos programas de pós-graduação. O Scri deve passar a ser uma superintendência.” 

Pessoal técnico-administrativo

“Temos que qualificar o nosso corpo técnico-administrativo. Eles precisam se inserir mais nos programas de ensino, pesquisa e extensão.”

Considerações finais

Nas considerações finais, o professor Walter Suemitsu defendeu a conclusão das obras que permanecem paradas na Cidade Universitária. “Os recursos do Reuni não foram utilizados, foram devolvidos ou usados de outra maneira. As obras precisam ser prioridade. Temos que concluir o prédio da Física, que está há 13 anos em reforma. Vamos brigar por mais recursos”, afirmou.

Já a professora Denise Pires resumiu a proposta de gestão da chapa para o próximo quadriênio. “Nossa proposta é de uma universidade renovada, competente, participativa e solidária”, concluiu. 

Por fim, a professora Lilia Guimarães Pougy, decana do CFCH, agradeceu a participação dos candidatos. “Devo saudá-los pela coragem de se candidatarem aos cargos de reitora e vice-reitor e agradecer a presença da candidatura na sessão extraordinária do Conselho de Coordenação do CFCH e  pela oportunidade de debatermos projetos de universidade e propostas de gestão”, concluiu.

As próximas sessões do Conselho de Coordenação do CFCH com a presença dos candidatos à sucessão da Reitoria já estão agendadas:

Dia 30/03: Chapa 10 “Juntos pela UFRJ: unidade na diversidade”

Dia 06/04: Chapa 20 “UFRJ autônoma, crítica e democrática”

Os encontros acontecem sempre das 15h às 18h, no Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque, localizado no andar térreo no prédio da Decania do CFCH (ao lado do Cópia Café).

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