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A imagem além do visível

O primeiro lugar ficou com Maria Luiza de Lima, de 15 anos. O trabalho “Diferenças construtivas” (primeira foto), de autoria da aluna do Colégio Nave (Núcleo Avançado em Educação), foi escolhido pelo júri técnico o melhor entre os 84 inscritos. Maria Luiza conta que observou a cena de um abraço entre dois amigos e, por trás de uma grade de ferro, executou o clique. “A nossa escola é muito acolhedora. A galera se abraça mesmo nas diferenças”, explicou a estudante que recebeu como prêmio um curso de fotografia no Ateliê da Imagem.

Brenda Cavallini ficou em segundo lugar com o trabalho “Pelo respeito” (segunda foto), que mostra a frase “Não vai ter vaga” impressa no asfalto do estacionamento do campus universitário da Praia Vermelha, entre as demarcações de espaços para automóveis. “Temos que nos posicionar politicamente. Nós fazemos o que é possível e esta foi a forma que encontrei para fazer isso”. Thaís de Oliveira Chaves conquistou o terceiro lugar com a fotografia “Você vai se arrepender de levantar a mão para mim” (terceira foto), título inspirado na canção “Maria da Vila Matilde”, de Elza Soares. Estudante do 3º período do curso de Jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Thaís trabalhava como estagiária de fotografia na Assessoria de Comunicação daquela universidade quando participou da cobertura de um ato contra a violência de gênero. “Era um protesto em que as mulheres se manifestavam sem usar palavras, numa forma de denunciar o silêncio contra as agressões que nós sofremos cotidianamente”, recordou a estudante. 

O júri técnico avaliou, além da questão estética, a adequação das fotografias ao tema. Ao todo, foram selecionados 33 trabalhos que estão expostos no Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza, localizado no 2º andar do prédio da Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no campus universitário da Praia Vermelha. Os trabalhos foram enviados por moradores do Rio de Janeiro (58), São Paulo (dez fotografias), Brasília, Paraná e Espírito Santo (dois de cada estado), Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Ceará, Pará, Amazonas, Tocantins, Bahia e Paraíba (um cada). No que se refere à faixa etária, 47 dos candidatos selecionados têm entre 18 e 29 anos; 15, entre 30 e 45 anos; nove, entre 46 e 60 anos; e sete, até 18 anos. Em relação à experiência com a prática da Fotografia, 64 declararam serem amadores. Quanto à ocupação profissional, 36 são estudantes; dez, fotógrafos e oito, professores. Segundo o grau de escolaridade, 35 possuem o ensino superior completo e 34 não concluíram a graduação.

Dimensão política

Na abertura da cerimônia, a professora Ludmila Fontenele, coordenadora do Espaço, apresentou o projeto e falou sobre a importância da parceria entre a Escola de Comunicação (ECO) e a Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). Fabiane Marcondes, coordenadora da curadoria, também ressaltou o trabalho conjunto. “Nesses tempos de grande dificuldade para a Universidade pública no Brasil, a realização de qualquer projeto demanda um enorme esforço de todas as partes envolvidas. Eu diria, sem medo de errar, que a união entre a ECO e o CFCH não foi apenas importante, mas fundamental para o ECOfoto. Sem isso, não teríamos conseguido realizar este concurso e esta exposição”, disse. 

A professora Jessie Jane Vieira de Souza, que batiza o espaço onde a exposição está instalada, frisou o simbolismo contido no evento. “É imprescindível que a Universidade pública realize esse tipo de iniciativa. Este espaço precisa estar ocupado permanentemente para que ele não seja esvaziado e sucateado”, analisou. Victória Grabois, representante do Grupo Tortura Nunca Mais, um dos parceiros da iniciativa, também falou sobre a dimensão política do ECOfoto. “Nesses tempos de obscuridade, precisamos ressaltar o papel da Universidade na resistência a este projeto de desmonte do Estado que está em curso em nosso país. Por isso, projetos como este são fundamentais”, comentou.

“Imagem é resistência”

O professor Amaury Fernandes, diretor da ECO-UFRJ, enfatizou o caráter extensionista do projeto. “Como uma atividade de extensão universitária, o ECOfoto tem a missão de integrar a Academia e a sociedade. E também integrar internamente a universidade, através da união dos trabalhos de estudantes, professores e servidores técnico-administrativos”, disse. A professora Rogéria de Ipanema representou o reitor Roberto Leher e também destacou a dimensão política da realização de uma exposição fotográfica na UFRJ. “É muito importante realizarmos a crítica social a partir da crítica visual. Imagem é resistência. É uma das maneiras de tornarmos visível aquilo que, muitas vezes, está oculto. E o papel da extensão na Universidade pública neste contexto é justamente realizar esta interlocução entre a Academia e a sociedade”, concluiu.

A exposição ECOfoto está em cartaz, até o dia 10 de outubro, no Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza, localizado no 2º andar do prédio da Decania do CFCH, campus universitário da Praia Vermelha (Avenida Pasteur, 250, Urca). A entrada é franca.

Os trabalhos premiados e outras imagens do evento estão publicados no perfil da Decania do CFCH no Facebook.

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