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Da clara de ovo até o "Light Painting"

Segunda mesa de debates do ECOfoto analisa a história da Fotografia, suas origens, tendências e perspectivas

Na última quinta-feira, dia 21, foi realizado a segunda mesa de debates como parte da programação do 7º Concurso Nacional de Fotografias da Escola de Comunicação da UFRJ (ECOfoto). Com o título “A experiência com as imagens: entre o artesanal e as novas tecnologias”, a mesa contou com a participação do professor Antonio Fatorelli, da ECO-UFRJ, de Márcia Mello, pesquisadora, curadora e conservadora de fotografias; e do fotógrafo Renan Cepeda.

Fatorelli abriu a mesa apresentando o projeto da Midiateca Geraldo de Barros, localizada no Laboratório de Fotografia, Imagem e Pensamento da Central de Produção Multimídia (COM) da ECO-UFRJ, que contém um acervo online de imagens, artigos e demais conteúdos de diferentes fotógrafos e pesquisadores brasileiros contemporâneos. 

Artesania fotográfica

Márcia Mello falou sobre a exposição “Artesania Fotográfica”, em cartaz na Galeria do BNDES, no Centro do Rio. De acordo com ela, a mostra reúne artistas que pesquisam formas contemporâneas de reproduzir técnicas artesanais de fotografia. “Tenho especial interesse pela história da fotografia desde a sua origem. O século XIX foi um período de grandes transformações para a arte como um todo e para a fotografia em especial. Para a exposição, selecionamos trabalhos que resgatam essa memória”, analisou. 

No acervo estão obras que trazem experimentações com material fotossensível confeccionados com clara de ovo e sal, por exemplo, A curadora convidou os fotógrafos Aílton Silva, Cris Bierrenbach, Francisco Moreira da Costa, Mauro Fainguelernt, Ricardo Hantzchel, Roger Sassaki, Tiago Moraes e Regina Moraes. “Tenho um interesse especial por esse período (século XIX), em que a fotografia artesanal possibilitava infinitas experimentações. Então, passei a buscar outras pessoas que tinham esse mesmo interesse”, comentou.

Renan Cepeda contou sua trajetória desde os primeiros passos como fotógrafo no Jornal do Brasil, até o presente, manipulando imagens por meio de técnicas de computador. “Me tornei fotógrafo por acaso, fotografando um acidente na esquina da minha casa, em Copacabana. Um jornalista do Jornal do Brasil soube que havia registrado imagens do momento e me levou até a redação. Minha foto entrou na capa do jornal e logo consegui um estágio. Acabei ficando cinco anos por lá”, recordou. 

Fotografia digital

Depois do trabalho como fotojornalista, Cepeda enveredou pelo lado artístico da fotografia. Passou a fazer experimentações com a manipulação de raios infravermelhos ao retratar a paisagem carioca. “Acho que há um pouco de nostalgia nas minhas fotos. Sinto saudade de um tempo em que era melhor viver neste cidade”, comenta. “No início, eu tinha uma certa resistência com a imagem digital. Eu dizia que era uma ‘digimagem’. Hoje, eu perdi esse preconceito”, diz. Cepeda trabalha com a técnica do Light Painting, em que o maior tempo de exposição à luz ao material fotossensível permite a composição espacial de desenhos com pincéis de luz. “Depois da minha experiência como fotojornalista, quis experimentar um trabalho mais autoral”, explicou. 

No espaço destinado a perguntas do público que ocupou o Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque, os palestrantes falaram sobre a popularização da fotografia a partir dos dispositivos digitais. “A fotografia se fragmentou em diferentes aspectos a partir dos dispositivos digitais. No fotojornalismo, a consequência disso foi a perda da ideia clássica de Cartier Bresson (fotojornalista francês, 1908-2004), da eternização do instante em uma única imagem. Com a profusão de vídeos, esse instante não existe mais”, analisou Márcia Mello. “Com essa tendência, quem define o instante não é mais o fotógrafo, mas sim o editor de fotografia, que não está na rua, mas em sua sala, no ar condicionado, sem ter vivenciado o momento em que aquela imagem foi produzida”, completou Renan Cepeda.

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