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ESS-UFRJ promove debate com Marcelo Freixo

O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ) participou, na noite da última segunda-feira (6/11), do debate “Direitos Humanos e sistema carcerário no Brasil”, promovido pela Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ, no campus universitário da Praia Vermelha. A atividade fez parte do ciclo de palestras organizado pelo Emarcs (Núcleo de Estudos sobre Marxismo, Teoria Crítica e Subjetividade – CNPq/UFRJ), que anualmente realiza debates acerca dos Direitos Humanos e violações aos mesmos. A coordenação é do professor Rogério Lustosa, da ESS-UFRJ.

A intenção de não divulgar massivamente o evento parece não ter surtido o efeito esperado. O Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque, reservado para o debate e com com capacidade para 100 lugares, não comportou o grande número de pessoas reunido para a ocasião. A solução encontrada foi realizar o debate sob as árvores centenárias do campus. Freixo falou sobre sua trajetória na discussão sobre o sistema prisional, desde os 23 anos, quando passou a dar aulas de História para detentos. “Um dia, um preso virou-se e disse para mim: ‘professor, sabe por que ninguém vai nas suas aulas? Não é porque elas são ruins. Mas porque, para quem está aqui dentro, jogar futebol é um momento de lazer incomparável com qualquer outra atividade’. Foi quando eu pedi ao diretor do presídio dar alguma recompensa para aqueles que frequentassem as minhas aulas”, lembrou o deputado. "E realmente deu resultado", completou.

Freixo falou sobre as dificuldades de ressocialização de ex-presidiários. “Esse sistema que está aí é uma máquina de destruir pessoas. Não é feito para dar ressocializar ninguém”, afirmou, citando ainda que apenas 12% dos detentos exercem algum tipo de trabalho. Outro tema que mereceu atenção no debate foi a política de “genocídio da juventude negra e pobre”, de acordo com as palavras do deputado. “Nos últimos anos, o número de homicídios de brancos caiu, enquanto que o de negros subiu absurdamente. O Estado brasileiro não fez outra coisa ao longo da sua história”, disse.

O público participou ativamente. Alguns dos presentes fizeram denúncias relativas a violações de direitos humanos ao deputado que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). “Defender os direitos humanos é um princípio de legalidade, é romper com uma lógica de desigualdade vigente”, apontou Freixo. 

O deputado também fez uma análise do momento político atual, extremamente adverso para o campo progressista. “Nós precisamos nos comunicar melhor, e isso quer dizer também saber ouvir. Esse é um dos problemas da esquerda. Eu pretendo debater segurança pública com policiais não fascistas. Quero também dialogar com evangélicos, que se encontrem no campo progressista”, afirmou. Por fim, Freixo propôs uma reflexão sobre a necessidade de uma mudança estrutural. “Eu não quero um modelo econômico que diz que uma parcela da sociedade não serve. Eu quero um outro modelo econômico”, finalizou.

Fotos: Pedro Barreto / SeCom/CFCH-UFRJ

 

 

 

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