Os conselheiros do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) discutiram, na última segunda-feira (26/02), o uso do campus universitário da Praia Vermelha. 

A professora Lilia Guimarães Pougy, decana do CFCH, colocou em debate as solicitações de espaço para a instalação de setores estratégicos, consideradas por ela fundamentais e necessárias, como as da Superintendência de Políticas Estudantis (Superest), do Escritório de Planejamento e Manutenção (Eplam) e da Superintendência de Tecnologia, Informação e Comunicação (SuperTIC). “Trata-se de participar do debate sobre a governança deste campus, contribuindo na construção de consensos a respeito, nos termos do próprio Plano Diretor”, disse.

Lilia também recordou a maneira como foi instalado, durante a gestão do reitor Carlos Levi, o módulo onde hoje funciona parte da SuperTIC e da Faculdade de Educação (FE) da UFRJ, ao lado do prédio da Decania do CFCH. “A forma como esses contêineres foram instalados aqui (em 2013) foi arbitrária”, afirmou. À época, foram apontados problemas de segurança e de acessibilidade: a rampa que dá acesso ao módulo estava impedindo a passagem da saída de emergência do Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque (foto à esquerda), localizado no andar térreo do prédio da Decania do CFCH (clique aqui para ler a matéria na íntegra). Foram realizadas mudanças no projeto inicial, de modo a facilitar a evacuação em caso de emergência (foto à direita). “Mesmo com as alterações, ainda há obstáculos. Além da rampa que dá acesso ao módulo, as grades que delimitam o estacionamento atrapalham a saída do local”, disse.

A decana reivindicou também a volta dos encontros com usuários e dirigentes do campus, como os que eram realizados durante as reuniões do Comitê Técnico do Plano Diretor, que tinham o objetivo de refletir sobre o uso do campus. “É preciso pensar sobre a Praia Vermelha, a UFRJ e a sociedade brasileira sob esta conjuntura regressiva e adversa. A instalação do Pavilhão de Salas de Aula, com trinta e duas salas são medidas auspiciosas e resultantes de um processo de debate e negociação que deve contaminar cada uma das iniciativas em desenvolvimento”, comentou Lilia, em referência aos módulos instalados no campus em 2017.

Andréa Teixeira, diretora da Escola de Serviço Social (ESS), concordou. “De tempos em tempos o debate sobre o campus volta a acontecer e nada é resolvido. Por exemplo, a questão da iluminação precisa ter mais atenção dos responsáveis. No turno da noite, está perigoso deixar a Escola depois que escurece”, alertou. A diretora propôs uma comunicação ao Conselho Superior de Coordenação Executiva (CSCE) no sentido de estimular um debate entre os dirigentes das unidades presentes no campus.

Marcelo Macedo Correa e Castro, coordenador de Integração Acadêmica de Extensão e decano nos períodos 2006-2010 e 2010-2014, também sugeriu o caminho do diálogo. “Precisamos urgentemente trazer de volta a discussão sobre o uso coletivo do campus. Os gestores precisam se reunir e estabelecer normas de utilização do espaço”, propôs o professor.

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