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Faculdade de Educação: 50 anos de resistência e luta

Inauguração da sétima curadoria do Espaço JJ reúne atuais e ex-professores da unidade, que recordam os momentos marcantes de meio século de existência

Foi inaugurada, no último dia 21, a sétima curadoria do Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza (Espaço JJ), “Faculdade de Educação: 50 anos presente”. Além da exposição que reúne fotografias, entre 1920 – ano de fundação da UFRJ – e 1988, a programação da curadoria prevê a realização de debates, palestras, exibição de filmes e uma visita guiada ao Cais do Valongo. Na cerimônia de abertura, estiveram presentes o decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e professor titular da FE, Marcelo Macedo Corrêa e Castro; o pró-reitor de Graduação (PR1), professor Eduardo Serra, representando o reitor da UFRJ; a diretora da FE, Carmen Gabriel; além de ex-professores da unidade, diretores, professores, técnico-administrativos e estudantes.

O evento foi aberto por Thiago Loureiro, coordenador do Espaço JJ, que recordou o incêndio recente no Museu Nacional da UFRJ. “Este é mais um espaço museal da nossa universidade. É sintomático estarmos iniciando a nova curadoria poucos dias após a tragédia no Museu Nacional. Nossa luta é contribuir para a construção de uma sociedade melhor. Se estivermos juntos e conseguirmos dialogar com a nossa sociedade, certamente conseguiremos”, disse. A professora Ana Maria Monteiro, ex-diretora da FE-UFRJ e coordenadora da pesquisa da curadoria, falou sobre o desafio e a responsabilidade de selecionar os momentos que seriam exibidos na exposição. “Optamos por registrar momentos institucionais, mas mostrar as pessoas que estiveram presentes: professores, estudantes e técnicos. Nessas imagens estão registradas conquistas importantes no que se refere à formação de professores, à democratização da educação superior e a importância estratégica, social e política da universidade pública, laica e gratuita”, afirmou. 

A professora Carmen Gabriel, diretora da FE, leu uma carta em solidariedade ao reitor Roberto Leher. “Nos dirigimos a você não como reitor, mas como colega de luta na formação de professores desta Faculdade. Sabíamos que, quando tomou posse, muitos desafios teriam que ser enfrentados. E não foram poucos. Em um quadro social e econômico de regressão no país e de consequências drásticas para a universidade pública, temos assistido, nos últimos anos, seguidos cortes de verbas que afetam todas as atividades que envolvem o nosso trabalho. Como se não bastasse, os desafios parecem gritar ainda mais diante de fatos que vivenciamos nos últimos anos”, disse a diretora. “O incêndio do Museu Nacional teve um significado ainda mais trágico para todos nós. Estamos na luta e não vamos desanimar. E por isso, queremos que você saiba que estamos ao seu lado, prestando toda a solidariedade e o nosso carinho. Como colegas da universidade e, sobretudo, da Faculdade de Educação, temos plena confiança na postura firme, segura e serena com que você tem buscado defender a autonomia da UFRJ em tempos que a democracia sangra”, completou Carmen Gabriel.

Marcelo Castro, professor titular, ex-diretor da unidade e atual decano do CFCH, falou sobre a importância do Espaço JJ. “Este é mais que um espaço de exposições. Ele é um espaço de memória, de cultura e de debates. É uma ação do CFCH, de iniciativa da gestão da professora Lilia Pougy, que todos abraçaram e aderiram”, afirmou. O decano também recordou a sua trajetória como docente da FE-UFRJ. “Eu não sei o que seria da minha vida se não fosse a Faculdade de Educação. Eu fiz a minha licenciatura, mestrado e doutorado aqui. É o espaço em que eu me formei. Dos meus 62 anos de vida, mais de 40 eu passei aqui. Não saberia definir o que seria da minha trajetória se não fosse a FE e as múltiplas relações que eu estabeleci aqui dentro”, declarou. 

Já o professor Eduardo Serra, pró-reitor de Graduação, relacionou a inauguração da nova curadoria ao período atual da universidade. “Este é um momento que combina resistência e luta. Resistência essa, que teve intensa participação dos professores da Faculdade de Educação ao longo desses 50 anos”, disse. Serra homenageou o professor aposentado Luiz Antônio Cunha, que esteve presente na cerimônia. “Lembro que, nos anos 1970 e 1980, ele participou de diversos debates sobre a universidade pública e da democracia no país, no tempo em que eu era estudante. Eram tempos muito duros e eu vejo características muito semelhantes ao que estamos vivendo hoje”, recordou. Para o pró-reitor, há semelhanças entre aqueles e os tempos atuais. “Esta exposição, certamente, é um ato de resistência. Resistência de manutenção da nossa memória, que não é apenas um ponto no passado, mas um elemento de projeção para o futuro. É a luta pela defesa da educação pública e da formação integral do ser humano. Nós queremos formar um cidadão crítico, capaz de transformar a sociedade”, finalizou.

 

Outras imagens estão disponíveis na página do Espaço JJ no Facebook. 

Reportagem e fotos: Pedro Barreto/Secom/CFCH

 

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