Apresentação e objetivos:
O ESPAÇO MEMÓRIA, ARTE E SOCIEDADE JESSIE JANE VIEIRA DE SOUZA, localizado no segundo andar do prédio da Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), consiste num projeto institucional de integração acadêmica. Aprovado no âmbito do Conselho de Coordenação do CFCH e credenciado no Sistema Integrado de Museus, Arquivos e Patrimônio Cultural (SIMAP), tem por objetivo promover exposições no campo das Ciências Humanas e Sociais. É o primeiro espaço cultural da UFRJ inserido em Decania com a participação de todas as unidades deste Centro, do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da UFRJ, com destaque para a Biblioteca do CFCH, além de instituições externas à UFRJ. O Espaço busca proporcionar a articulação com movimentos da sociedade civil, por meio da realização de exposições, numa perspectiva transdisciplinar, sobre temas contemporâneas que articulam ensino, pesquisa e extensão. As atividades da agenda do Espaço, construídas com a participação das unidades e órgão suplementares do CFCH, incluem seminários, rodas de conversa, debates com projeção de filmes, feira de livros, entre outras. O Espaço tem como público-alvo preferencial estudantes da escola de educação básica das redes públicas, associações de moradores, estudantes de diferentes instituições de ensino superior, movimentos sociais, sindicatos, profissionais e gestores de políticas públicas, estando aberto à população em geral. Trata-se de um espaço formativo que potencializa as trocas entre os sujeitos e os saberes, promovendo maior integração entre a UFRJ e a sociedade.
Justificativa
Este projeto justifica-se principalmente pela indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão, através da integração de conteúdos e produtos afins; participação (produção e visitação) dos diferentes públicos externos à Universidade através de temas contemporâneos na pesquisa documental e produção de imagens e textos; construção de exposições em interação dialógica com movimentos sociais; e aproximação dos discentes com temas contemporâneos na pesquisa documental e produção de imagens e textos.
Assim, esse espaço em si é um meio pelo qual se retorna ao público - intra e extra universidade - produtos das atividades acadêmicas realizadas num determinado período. Mediatamente pode facilitar a interação e integração do conjunto das dimensões imanentes da universidade pública, potencializando as ações que as atividades de extensão pressupõem. A exposição é uma etapa de síntese na forma de apresentação do consórcio destas atividades, é um espaço vivo que poderá retornar àquelas. Deste modo, é mais um espaço formativo nos vários níveis e dimensões. É, ademais, uma oportunidade de ampliar o acesso à academia, aproximando diferentes públicos para as suas atividades.
Jessie Jane Vieira de Souza
A historiadora Jessie Jane Vieira de Souza é professora do Instituto de História (IH) da UFRJ, de cuja criação foi uma das responsáveis. Ex-diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), entre 2006 e 2010, Jessie Jane foi militante na luta contra do regime militar nas décadas de 1960 e 70. Participou de conquistas importantes do movimento de mulheres, como o direito a visitas íntimas no contexto da ditadura civil-militar. Concebeu, gestou e pariu sua filha no cárcere, de onde saiu aos trinta anos, quando finalmente pôde reencontrá-la. A homenagem do CFCH à professora Jessie Jane tem como foco a capacidade de resistência e de luta pelas liberdades individuais, apesar da grave violação dos direitos humanos a que foi submetida.
Curadorias:
UFRJ 68+50
Debater os principais acontecimentos e transformações referentes ao período autoritário da ditadura civil-militar na UFRJ. Este é o objetivo da oitava curadoria do Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza, iniciada em 20 de marco 2019, projeto da Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). A exposição “UFRJ 1968+50 – Histórias, Memórias e Verdade” apresentará acervo iconográfico, audiovisual e impresso, da Coleção Memória UFRJ (Div. de Memória Intitucional/SIBI) e do Fundo Correio da Manhã do Arquivo Nacional sobre a UFRJ.
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Faculdade de Educação 50 anos
A sétima curadoria do Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza, iniciada em 21 de setembro de 2018, homenageia os 50 anos da Faculdade de Educação da UFRJ. A programação de eventos realizados pela FE-UFRJ em celebração à data contou com outras exposições a serem realizadas em diferentes locais do campus universitário da Praia Vermelha. O Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza sediou a primeira parte, desde o surgimento da UFRJ, em 1920, até abertura democrática, em 1988, passando pelo desmembramento da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), em 1968, que deu origem à Faculdade de Educação.
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Migrações e refúgio
A sexta curadoria do Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza, vinculado à Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), foi intitulada “Migrações e refúgio: presença, história e desafios no Rio de Janeiro”, em cartaz de 23 de maio a 30 de agosto de 2018. Além da exposição de fotografias sobre o cotidiano de migrantes e refugiados, a programação do “Quartas em movimento” contou com a realização de mesas de debates, rodas de conversa, exibição de filmes, lançamento de livros e atividades culturais.
O objetivo foi propor a reflexão sobre a migração no Rio de Janeiro, em uma perspectiva histórica e na contemporaneidade. Os visitantes foram levados a conhecer e a debater o dia-a-dia, relações de trabalho, lazer, conflitos, políticas públicas e demais aspectos da vida das pessoas que vieram para esta cidade. Os debates contaram com a presença de professores, pesquisadores, estudantes, integrantes de coletivos, ativistas e demais profissionais com atuação sobre este tema.
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"Mwana: infância e relações raciais no Brasil e na África"
Mwana: Infância e Relações Raciais no Brasil e na África é uma exposição do Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza na Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ, Campus da Praia Vermelha, que ficará em exibição entre 10 de outubro de 2017 e 31 de março de 2018.
As fotos retratam, num diálogo entre África e Brasil, crianças sul-africanas numa área popular na periferia da Cidade do Cabo e numa escola rural, no trabalho sensível do fotógrafo Lucas Landau, e crianças nos terreiros do Brasil, na lente de Stela Guedes Caputo, professora da UERJ, além de fotógrafa e militante pelo respeito às religiões de matriz africana.
Acompanhando essa exposição, serão realizadas uma série de atividades: oficinas de contação de história e arte, oficina Abayomi, formação de professores, exibição de filmes seguida de debate, mesas-redondas, capoeira e samba de roda para crianças. O projeto Vitrine da Memória do Espaço Anísio Teixeira da Biblioteca do CFCH produzirá um número especial com o tema Herança Africana no Brasil, integrado à curadoria do Espaço.
Ao trazer a temática das relações raciais relacionada à infância, os organizadores da exposição e das atividades reconhecem a importância desse assunto para a universidade e a sociedade brasileira, buscando valorizar as nossas relações históricas e atuais com as sociedades africanas. O combate ao racismo, ao trabalho escravo infantil e à intolerância religiosa também fazem parte dos temas apresentados, tanto pelas fotografias quanto pelas discussões das mesas-redondas e debates que acompanham a exibição de filmes.
Professores, técnico-administrativos e estudantes das diferentes unidades do CFCH participaram da formulação e preparação dos eventos vinculados à exposição e estarão presentes nos diferentes momentos, assim como os parceiros externos dessa iniciativa – o grupo AFROSIN, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, o grupo Kekéré da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o Grupo Tortura Nunca Mais/RJ e o Instituto Benjamin Constant.
Mwana é uma palavra do idioma Xona, falado em regiões de Moçambique, Zimbábue e Zâmbia que quer dizer criança. Incorporar ao título da exposição esse termo de uma língua do tronco linguístico banto significa também afirmar nosso reconhecimento do valor dessa herança cultural africana para a formação da identidade brasileira.
*Texto de Mônica Lima, vice-decana do CFCH-UFRJ, curadora da exposição “Mwana: Infância e Relações Raciais no Brasil e na África” e coordenadora do coordenadora do Laboratório de Estudos Africanos (LeÁfrica)/IH-UFRJ.
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"Concurso Nacional de Fotografia (ECOfoto) – 7ª Documenta de Fotografia da ECO – UFRJ 2017"
O ECOfoto é um projeto iniciado em 2008, tendo como principal objetivo a valorização da fotografia entendida como bem cultural, que espelha o mundo a partir de novos olhares e variadas técnicas, fortalecendo a troca de experiências e o diálogo entre a sociedade e a universidade. O projeto pretende estimular a produção fotográfica pulsante e polissêmica, presentes nos circuitos das periferias de todo o país.
A sétima edição do certame é promovida pela Escola de Comunicação (ECO) e pela Decania do CFCH, através do projeto Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza, e tem como tema “Vivências e experiências profissionais nas áreas de Ciências Humanas e Sociais”. Neste ano, o ECOfoto celebra o aniversário do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que completa 45 anos. O CFCH atua amplamente na formação profissional, na pesquisa e na extensão, com a particularidade de envolver duas unidades da Educação Básica e atuar na formação de professores. Foram selecionadas 33 fotografias entre mais de 100 enviadas por fotógrafos profissionais e amadores.
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"A Revolução em Imagens"
Consiste na exposição de fotografias e cartazes e na exibição de filmes seguida de debates sobre a Revolução Russa de 1917. No acervo estão cerca de 30 imagens impressas, e cerca de outras 50 em mídias audiovisuais, sobre o tema.
Na programação acontecem também dois seminários, nos dias 7 e 21 de junho, com a presença de professores, pesquisadores e demais especialistas, como Anita Leocádia Prestes, Mauro Iasi, Graziela Schneider, José Paulo Neto, Juliano Medeiros, Carlos Eduardo Martins, Carlos Serrano Ferreira, entre outros. Em todas as “Quartas Vermelhas” ocorrem sessões de filmes sobre a Revolução de 1917 seguidas de debates com especialistas e o público.
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“Políticas Públicas para as Mulheres e os Centros de Referência da UFRJ: a integração em foco”
Neste acervo estão presentes imagens de cursos, oficinas, rodas de conversa e atividades desenvolvidas nos centros de referência de mulheres da Maré e da Cidade Universitária, onde mulheres em situação de violência doméstica recebem atendimento psicológico, jurídico e social. Entre as atividades desenvolvidas estão oficinas de gênero e raça, exibições de filmes e palestras sobre temas relevantes às temáticas relacionadas.
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UFRJ 1968+50
Tropa invade faculdade e espanca 600 (Correio da Manhã 23/09/66)
Especial Jornal do CREMERJ - 30 anos da invasão da Faculdade de Medicina/UFRJ (1966)
Decreto-Lei nº 477, de 26 de Fevereiro de 1969
Fachada do prédio da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFI)
Calmon sem reitoria: Aragão é mais cotado (Diário de Notícias 25/08/66)
Costa assina atos de Reforma Universitária (Correio da Manhã 7/02/69)
Conselho da UFRJ dá Moção a Médici
Caco leva mensagem de liberdade aos estudantes de todo o Brasil (Diário de Notícias 30/03/66)
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Última atualização em Segunda, 10 Agosto 2020 14:49
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