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Decania Divulga: NEPP-DH realiza debate sobre trabalho escravo na Volkswagen

 

No próximo dia 29 (segunda-feira), o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida (Nepp-DH) da UFRJ realiza o debate “Volkswagen: ditadura e escravidão no Pará”.

O evento é parte da programação que marca os 10 anos do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas em Direitos Humanos (PPDH) da UFRJ. Estarão presentes os professores Ricardo Rezende Figueira e Vantuil Pereira, ambos do Nepp-DH/UFRJ, e os deputados federais Reimont Santa Barbara e Tarcísio Motta.

O debate acontece às 18 horas, no Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque, localizado no andar térreo do prédio do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ, campus universitário da Praia Vermelha (entrada pela Avenida Venceslau Brás, 71, Botafogo).

 

Entenda o caso

No dia 29 de agosto de 2025, a empresa Volkswagen do Brasil foi condenada a pagar R$ 165 milhões em indenização por exploração de trabalho análogo à escravidão. O caso ocorreu na fazenda de gado Vale do Rio Cristalino, em Santana do Araguaia, Pará, entre os anos de 1975 e 1986. O processo judicial concluiu que a fazenda pertencia à empresa alemã, recebia subsídios governamentais e contava com a proteção do regime ditatorial militar à época.

Uma das testemunhas do processo foi o professor Ricardo Rezendo Figueira, do Nepp-DH/UFRJ, coordenador do Grupo de Pesquisa de Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTec), vinculado ao Nepp-DH/UFRJ, que à época, atuava como padre da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na localidade. Figueira entregou ao Ministério Público o Trabalho documentos que comprovavam o crime.

Entre esses, denúncias de trabalhadores que haviam escapado da fazenda e procurado ajuda de membros da CPT na região. A partir de 2021, novos depoimentos foram colhidos por pesquisadores do GPTec/Nepp-DH/UFRJ, por procuradores do Ministério do Trabalho e encaminhados para depor em juízo.

Além do pagamento de R$ 165 milhões, o juiz Otávio Bruno da Silva Ferreira determinou que a empresa reconheça a responsabilidade pública pelos fatos e faça um “pedido público de desculpas dirigido aos trabalhadores atingidos e à sociedade brasileira”.

A ação movida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) acusa a Volkswagen do Brasil de aliciamento, endividamento forçado, condições degradantes de trabalho e moradia, entre outras violações.

Na audiência realizada no dia 29 de agosto estiveram presentes como observadores o professor Vantuil Pereira, representando a Reitoria UFRJ; os deputados federais Reimont Santa Barbara (PT-RJ) e Tarcísio (PSOL-RJ) e o professor Ricardo Rezende Figueira, que prestou depoimento como informante.

Em nota, a Volkswagen do Brasil informou que recorrerá e negou responsabilidade.

Por Pedro Barreto

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