De acordo com o comandante do 2º BPM/Botafogo, cerca de 20 policiais integrarão o pelotão, que será comandado por um oficial especialista em patrulhamento por motocicletas. Novos veículos estão chegando ao quartel e as antigas motos passam por revisão. Os policiais terão escala diferenciada e passarão por treinamentos no Batalhão de Choque da Polícia Militar, que variam de 45 dias a três meses. Para o tenente-coronel Tenreiro, o uso de motos agilizará o deslocamento dos policiais e vai aumentar o número de abordagens de suspeitos.
O subprefeito do campus universitário da Praia Vermelha, Ênio Kaippert, mostrou preocupação com o aumento dos casos de violência nos arredores do campus da UFRJ na Zona Sul carioca, entre eles a morte de Alex Shomaker Bastos. O estudante foi assassinado com quatro tiros após sair de um restaurante próximo com a namorada. Ele aguardava um ônibus em uma parada localizada na frente do campus universitário. Shomaker estudava no campus da Cidade Universitária e se formaria em Biologia duas semanas depois do assassinato.
Kaippert informou que a universidade se prepara para instalar equipamentos de monitoramento nas entradas do campus da Praia Vermelha, com meta inicial até o final de março. No entanto, ainda que as câmeras já tenham sido adquiridas, é necessária a compra de cabos e sistemas de transmissão de dados, o que não foi possível até o momento devido ao contingenciamento de recursos federais. Está agendada uma reunião para o início de fevereiro para discutir a questão. Também está em estudo a colocação de câmeras nas áreas externas ao campus e a implantação de uma cabine da Polícia Militar na pequena praça entre a Rua General Severiano e a Avenida Venceslau Brás. "A universidade busca manter o campus aberto nos fins de semana, como caminho seguro para as pessoas, principalmente os frequentadores do Instituto Benjamin Constant. Mas é preciso melhoria no patrulhamento nas imediações", disse.
João Ricardo Peixoto, estudante de Administração de Empresas da UFRJ, cobrou das autoridades providências para evitar novos casos de violência. "Durante a passeata que organizamos no domingo (11/1), alguns comerciantes relataram que não era a primeira vez que crimes semelhantes ocorriam no local". A delegada Andrea Menezes chamou a atenção para o baixo número de notificações de crimes na área, o que prejudica o trabalho de investigação policial. Para ela, maior participação da sociedade ajudaria a formar, analisar e intervir a fim de reduzir a mancha criminal na região. "Causa surpresa saber de relatos de crimes semelhantes. A polícia não trabalha com bola de cristal, mas investiga casos com base em relatos e informações fornecidas pelas vítimas ou testemunhas", destacou.
Embora tenha a ideia de reduzir o tempo de estacionamento de viaturas em um único ponto, de duas horas para 40 minutos, criando um rodízio para dar mais visibilidade à presença policial em outros pontos, o comandante Tenreiro destacou um carro para ficar parado na entrada do campus da Praia Vermelha desde o início da semana. No entanto, é no pelotão de motos que se aposta para reduzir a criminalidade nos bairros de Botafogo, Humaitá, Urca, Catete, Flamengo, Glória, Laranjeiras e Cosme Velho.
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