As apresentações contaram com a presença da decana Lilia Guimarães Pougy, Ludmila Fontenele Cavalcanti, superintendente acadêmica, e Sabrina Moehlecke, coordenadora de Integração Acadêmica de Extensão, que mediou o evento
. Algumas questões foram comuns a mais de um trabalho, como a necessidade de maior participação dos estudantes, incrementar a articulação dos projetos com o ensino, a pesquisa e a extensão, promover a maior interação com outras instituições, incentivar a articulação entre os trabalhos e aprimorar as formas de divulgação. 

Como forma de promover uma melhor compreensão sobre a Biologia e o Meio Ambiente, o projeto “Fundão Biologia”, coordenado pela professora Claudia Piccinini, da FE-UFRJ, criou o blog Clipping Socioambiental. O objetivo é realizar uma abordagem crítica do discurso sobre a ciência na mídia comercial. De acordo com a coordenadora, o trabalho procura chamar a atenção para “a compreensão das disputas ideológicas que envolvem a construção do conhecimento científico” e incentivar professores e alunos a produzirem seus próprios textos. Desta forma, busca-se fugir do senso comum dos veículos de imprensa, que “apresentam sempre o produto final da ciência e sob a perspectiva de seus interesses de classe”. 

Outro ponto abordado foi estimular a participação dos alunos da Educação Básica.  Monique França, professora da Faculdade de Educação (FE) e coordenadora do projeto do Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade (Lapeade), relatou a sua experiência. Em uma das atividades da mostra, as crianças preenchiam as lacunas da “Árvore dos valores inclusivos” com expressões sobre o tema. “A importância desta atividade é que os alunos construam o trabalho com suas próprias ideias. ‘Perdão’, ‘acolhimento’ e ‘respeito’ foram algumas das palavras lembradas”, recordou.

A forma de utilização do material didático também foi mencionada. Paulo Duarte Silva, um dos coordenadores do trabalho “O uso do Cinema como recurso didático para o ensino da História”, do Instituto de História (IH) da UFRJ, falou sobre a iniciativa de explorar as relações entre a sétima arte o ensino da História Medieval, em específico. “As atividades utilizam o caráter lúdico da atividade para um público amplo, e, ao mesmo tempo, as potencialidades pedagógicas a serem exploradas pelos professores”, explicou. 

Sob esse mesmo aspecto, a professora Cristina Wigg, do Instituto de Psicologia (IP), falou sobre o projeto de extensão “Avaliação Neuropsicológia de Crianças e Adolescentes com Dificuldade de Aprendizagem”. Neste trabalho são utilizados jogos e atividades cognitivas para a realização de avaliações neuropsicológicas. “Este projeto demonstra como a estimulação pode despertar e desenvolver habilidades”, explica.

Mais um ponto destacado foi a maior integração entre as exposições em todos os campi, de forma que os trabalhos sejam expostos ao maior público possível. A professora Cristal Oliveira Moniz Aragão, coordenadora do trabalho “Psicologia e circo social: construindo laços no trabalho social com crianças e adolescentes”, relatou a dificuldade de interação com alunos da Educação Básica. Seu projeto consiste em utilizar técnicas circenses como parte do processo de ensino a partir da emergência da grupalidade entre os participantes. No entanto, como a apresentação ter sido realizada no campus da Praia Vermelha, a atividade limitou-se aos alunos do Instituto de Psicologia (IP) da UFRJ. Como forma se resolver esta questão foram apontadas a importância em aprimorar a oferta de transporte e a unificação da atividade “Conhecendo a UFRJ” e a SNCT.

Fotos: Ludmila Fontenele Cavalcanti.

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