Na entrevista, concedida ao jornalista e escritor Arnaldo Niskier, o reitor falou sobre as dificuldades enfrentadas pela UFRJ com o contingenciamento de cerca de R$ 70 milhões em 2014 e 2015. Leher abordou também a questão do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), que ainda aguarda recursos para a finalização da obra de reestruturação. “Nossa meta é, em um curto prazo, fechar a empena da ala sul e retomar a ampliação das enfermarias e CTIs. Estamos conversando com parlamentares de todos os partidos para tentar alocar emendas para o hospital. Também estamos tentando repactuar o contrato com o SUS (Sistema Único de Saúde). Queremos chegar a, pelo menos, 500 leitos, já que hoje contamos com apenas 220”, analisou o reitor.
Sobre a última greve na universidade, Roberto Leher reafirmou o direito legítimo de servidores docentes e técnico-administrativos de lutar por melhores condições de trabalho. “A questão salarial dos docentes é muito grave para o país. Também temos uma grande dificuldade em reter o nosso quadro técnico-administrativo, devido à defasagem salarial em relação a outras instituições. Ademais, o governo federal, assim como os estaduais, não tem demonstrado interesse em realizar negociações objetivas com os sindicatos”, destacou o reitor.
Por fim, Leher destacou o empenho da Reitoria em colocar em debate a função social da Universidade no século XXI. “Por que o Brasil precisa de universidades públicas para produzir conhecimento? A UFRJ tem uma comunidade extraordinária de estudantes, professores e técnico-administrativos, grupos de pesquisa criativos. Mas nós não temos parado para escutar os grandes problemas dos povos. Hoje temos incertezas enormes quanto ao futuro e a universidade é o espaço para se pensar esses problemas. Na nossa gestão, queremos retomar essas questões”, concluiu.
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