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CFCH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas

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Precisamos falar sobre Mwana

Aconteceu, na última terça-feira (10/10), no Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque, a inauguração da quinta curadoria do Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza, “Mwana: infância e relações raciais no Brasil e na África”, promovido pela Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ. 

A mesa de abertura contou com a presença da professora Lilia Guimarães Pougy, decana do CFCH; da pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, professora Leila Rodrigues, que representou a Reitoria da UFRJ; da professora Mônica Lima, vice-decana do CFCH e curadora da exposição, da professora Ludmila Fontenele, superintendente acadêmica do CFCH e coordenadora do Espaço, do professor Renato Noguera, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), dos fotógrafos Stela Caputo e Lucas Landau, autores das fotografias expostas na exposição, entre outros convidados. 

"Aprendi com a (professora) Mônica (Lima) que ‘Mwana’ é uma palavra que envolve o sentido de ‘Infância’. Ela nos diz que incorporar o título da exposição, esse termo de uma linguagem do tronco linguístico Bantu, significa também afirmar nosso reconhecimento do valor dessa herança cultural da África para a formação da identidade brasileira", disse a decana. "Além das reflexões instigantes, ‘Mwana’ vai tocar em temas sensíveis como o racismo, o trabalho escravo infantil, a discriminação das crianças negras nas escolas e nas suas práticas religiosas, a intolerância religiosa etc", destacou a professora Mônica Lima. 

Lucas Landau, um dos autores das fotografias expostas no Espaço, explicou que a realização do trabalho aconteceu quase que casualmente. Landau viajou para a África do Sul com o ‘The BIG Project’, que tinha como objetivo “tornar visíveis histórias atuais antes que se tornem passado”, como explicou o fotógrafo. “O resultado da viagem foi inesperado: fotografias de crianças em ambientes de seu dia a dia. “As fotos foram acontecendo, enquanto explorava os locais em que fazia parte do ‘The BIG Project’. Em todos os lugares apareciam crianças vindo em minha direção, pedindo para serem fotografadas e para fazerem as suas próprias fotografias. O que eu fiz foi permitir, deixar as crianças escolherem seus locais e suas poses, e torná-las contadoras de suas próprias histórias”, recordou. 

Stela Caputo, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), coordenadora do grupo Kekeré-UERJ, fotógrafa e militante, também é autora de fotografias da exposição. Ela explica que as imagens têm origem em seu projeto sobre crianças de terreiros. “A proposta é fazer a conexão direta entre África e Brasil através de imagens que trazem à tona as religiões de matrizes africanas.  Além de colocar em evidência os casos de intolerância religiosa que vêm ocorrendo recentemente no Rio de Janeiro”, afirmou. 

Mwana

A curadoria ‘Mwana: infância e relações raciais no Brasil e na África’ fica em cartaz no Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza até o dia 31 de março de 2018. Também está na programação as "Quartas pretinhas", que contempla debates, exibições de filmes, oficinas e demais atividades sobre o tema.

 

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*Gabriela Cyrne é estudante do Instituto de História (IH) e bolsista do Espaço Memória, Arte e Sociedade Jessie Jane Vieira de Souza, realizado pela Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas.

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