O tema central do encontro foi a forma como o CAp-UFRJ e seus docentes são representados na universidade. Para a professora Cristina Miranda, “a luta dos docentes do CAp é se fazer respeitar como aqueles do ensino superior. Também somos professores da UFRJ”, afirmou. Lilia lembrou a importância do Curso de Especialização “Saberes e Práticas na Educação Básica” (Cespeb), que visa à formação de professores na área e ressaltou o apoio da Decania do CFCH na luta pela carreira única. Segundo Miriam Kaiuca, vice-diretora do CAp, “há pouca valorização da carreira no ensino básico”. Ademais, a professora lembrou o compromisso firmado pela Reitoria da UFRJ na transferência da unidade para a Cidade Universitária. “Quando isto acontecer, vamos precisar ampliar significativamente o número de funcionários e professores. Hoje, temos 700 alunos e a perspectiva é que eles cheguem a quase mil”, relatou. 

Outro assunto abordado foi a relação do CAp com a Escola de Educação Infantil (EEI), que se tornou órgão suplementar do CFCH em 2013 e passou a garantir acesso universal. De acordo com Cristina Miranda, é preciso uma aproximação maior entre as duas unidades. “É uma discussão que a gente precisa fazer e a Decania pode nos ajudar. Eu sei como as coisas aconteceram e entendo, mas não podemos nos furtar a ter essa discussão. Faz todo sentido juntar as duas unidades”, sugeriu. Para Lilia Pougy, é preciso reconhecer o CAp e a EEI como unidades integrantes do CFCH e da UFRJ. “A concepção que se funda é da Escola de Educação Infantil como uma creche, um depósito de filhos de funcionários. Uma fala recente no Consuni neste sentido nos deixou estarrecidos. Precisamos discutir um projeto político-pedagógico”, afirmou a candidata.

Pesquisa e extensão

O debate também teve como pauta a questão dos projetos de pesquisa e extensão realizados no CAp-UFRJ. Segundo Cristina Miranda, os projetos propostos pela unidade têm recebido pouca atenção por parte das entidades de financiamento e da própria universidade. Lilia Pougy declarou que a Decania está consciente do problema e que pretende se empenhar para reverter este quadro. “Nós somos o segundo centro que mais apresenta trabalhos na jornada de iniciação científica e o quarto ou quinto a receber bolsas. Mas para tentar mudar isto, precisamos nos fazer representar. Seria importante ter um representante da educação básica nos colegiados superiores para vocalizar essas demandas. Precisamos fortalecer a nossa capacidade de mobilização e representação nas instâncias superiores da universidade e também fora dela, nos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia”, finalizou a candidata.

Último debate:

Dia 07/05 - Auditório Anexo do CFCH, campus da Praia Vermelha.

Votação:

Dias 13, 14 e 15/05, no campus da Praia Vermelha e Largo de São Francisco de Paula, das 10h às 13h, e das 16h às 19h; no Colégio de Aplicação, das 10h às 15h.

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