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Diprit buscará soluções para prevenir alagamentos na Faculdade de Educação

A situação é ainda mais preocupante devido à interrupção das obras do Palácio - iniciadas após o incêndio que destruiu a capela localizada no mesmo prédio, em abril de 2011 - em decorrência da rescisão contratual por parte da empresa licitada para realizar a restauração do telhado em 2012. Algumas paredes estão cobertas por mofo, a tubulação está aparente e enferrujada e algumas tábuas nos pisos estão soltas. “Nos preocupa muito. Precisamos encontrar uma solução em curtíssimo prazo, pois não temos condições de continuar trabalhando desse jeito”, afirmou a professora Ana Maria Monteiro, diretora da FE-UFRJ.

O alagamento motivou uma reunião da direção da unidade com o reitor Carlos Levi, o vice-reitor, Antônio Ledo, e o diretor da Diprit, Maurício Marinho. Segundo Levi, a interrupção das obras do palácio deixou as instalações ainda mais vulneráveis. “Estamos fazendo de tudo para proteger a Faculdade de Educação e encontrar uma solução emergencial. O volume de chuvas nos últimos dias foi maior do que o previsto. A previsão para a contratação de uma nova empresa para recuperação do telhado é dezembro deste ano. Faremos de tudo para resguardar o palácio antes da chegada das chuvas de verão”, afirmou o reitor. 

Segundo Maurício Marinho, diretor do Diprit, o telhado não comportou o volume das chuvas. “O escoamento é da época da construção do prédio (século XIX). Estamos buscando alternativas imediatas para isso, como a utilização de lonas nos telhados. As condições de manutenção do prédio estão sendo constantemente monitoradas e, no momento, não há risco de desabamento”, garantiu Marinho. Uma das alternativas emergenciais cogitadas é a colocação de lonas sobre as calhas para evitar que a água transborde para o interior do telhado, sobre o forro, e provoque infiltrações e alagamentos. Outro desafio é encontrar alternativas para o escoamento das águas uma vez que as tubulações, muito antigas, não comportam a vazão necessária para o rápido escoamento das águas. 

Em médio prazo, entretanto, a Faculdade de Educação não deve encontrar uma solução definitiva antes de meados de 2015. Este é o prazo estipulado pela Reitoria para a entrega das instalações solicitadas na Cidade Universitária, para onde a unidade pretende se transferir. A mudança, aprovada pela Congregação da unidade em setembro de 2009, estava prevista para 2012. Mas as obras foram iniciadas somente em 2012 e estão paralisadas devido a problemas com as fundações no subsolo. 

Diretora reivindica "condições dignas de trabalho"

De acordo com Ana Maria Monteiro, apesar das dificuldades de ordem estrutural, a FE-UFRJ tem se desenvolvido por meio da realização de concursos públicos que possibilitaram a mudança do quadro de pessoal de 50 professores substitutos e 56 efetivos em 2008, para 126 professores em regime de Dedicação Exclusiva (DE) envolvidos em atividades de ensino, pesquisa e extensão. O corpo discente conta com os mais de 800 alunos do curso de Pedagogia, 300 de Pós-graduação stricto e lato sensu e cerca de mil alunos que cursam as disciplinas pedagógicas das 26 licenciaturas oferecidas pela UFRJ. Além disso, os docentes estão envolvidos em, entre outras, atividades de formação continuada de professores, entre as quais se destacam o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), por meio do qual mais de 16 mil professores dos 92 municípios do estado Rio de Janeiro participam de atividades de formação.

A diretora da unidade afirma também que os professores recém-contratados precisam de salas e gabinetes de pesquisa. “Nos encontramos com limitações severas para oferecer condições  de trabalho  com espaço e qualidade ambiental para o desenvolvimento de nossas atividades”, afirma Ana Maria Monteiro. “Reunimos uma equipe de jovens doutores altamente qualificada  e nos encontramos limitados pelas condições  do prédio que precisam de  obras emergenciais urgentes para  garantir  condições de trabalho dignas e que não prejudiquem nem ameacem  a saúde dos trabalhadores”, reivindica a diretora da FE-UFRJ.

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