A repressão teve início já no final do ato contra a reforma da previdência, que lotou as quatro pistas e os 3,5 quilômetros da Avenida Presidente Vargas e reuniu milhares de pessoas, entre estudantes, professores, servidores públicos, profissionais liberais, movimentos sociais, sindicatos, centrais sindicais, partidos políticos e demais entidades. O ato que transcorria de forma pacífica mudou de figura nas imediações da Central do Brasil quando a Guarda Municipal passou a lançar bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes. Alguns integrantes do movimento conhecido como black blocs reagiram com morteiros.
A repressão continuou pelas ruas do Centro do Rio. Na Cinelândia, clientes do bar Amarelinho relataram que soldados da Polícia Militar atiraram bombas no interior do estabelecimento. Imagens do coletivo Mídia Ninja registraram os frequentadores, muitas mulheres e idosos, acuados e de olhos vermelhos – efeito do gás lacrimogênio - sendo socorridos.
No Largo de São Francisco de Paula a cena se repetiu. De acordo com nota assinada pelo diretor Marco Aurélio Santana, do IFCS, e pela diretora Norma Côrtes, do IH, os policiais cercaram o campus universitário e lançaram "dentro de suas dependências duas bombas de gás lacrimogênio e mais sete de efeito moral. Os petardos produziram terror e pânico em quem estava no prédio. Registre-se que uma das bombas atingiu a porta central e seus efeitos alcançaram o hall de entrada, tomando posteriormente todo o prédio”. Um vídeo reproduzido das redes sociais mostra o momento de um dos ataques.
A nota lembra ainda que o episódio repete a noite de 20 de julho de 2013, quando o Batalhão de Choque da Polícia Militar atuou igualmente de forma truculenta e arbitrária. “Se já era inaceitável a repressão a trabalhadoras/es e estudantes no exercício de seu livre direito de manifestação, o fato fica agravado com o ataque ao espaço universitário”, diz a missiva.
“Repudiamos veementemente a ação da polícia contra manifestantes, bem como o ataque às nossas dependências e nossas/os estudantes e trabalhadoras/es. Repudiamos também que nosso prédio, patrimônio histórico pertencente à União, tenha sido mais uma vez duramente agredido. Esperamos que responsabilidades sejam apuradas”, completa a nota. Por fim, os diretores reafirmam “a posição histórica desta casa em defesa da democracia e de seus direitos fundamentais”.
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