Login

fb iconLog in with Facebook

CFCH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Login

>> DESTAQUES

Aula inaugural do curso de RI debate da Revolução Russa

A decana do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), professora Lilia Guimarães Pougy, falou sobre a importância do evento. “Nós precisamos entender os processos políticos e revisitar a história. Neste sentido, a Revolução Russa precisa ser passada a limpo a partir do ponto de observação de hoje”, afirmou. A decana também saudou os novos estudantes de RI. “Este é um curso pioneiro por ser multiunidades e multicentros, o que subverte uma lógica departamental e concentrado em uma unidade acadêmica. É preciso experimentar este formato de modo crítico e intenso. A decania do CFCH, e eu tenho certeza de que a do CCJE (Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas) também, têm oferecido o apoio e o suporte demandados pelo curso. Eu gostaria de deixar aos estudantes a mensagem de que a decania do CFCH é a sua decania. Vocês podem nos procurar, podem interpelar e podem fazer desse espaço um espaço também de debate acadêmico”, completou a professora.

O professor Carlos Bernardo Vainer lembrou a frase do historiador francês Jean Chesneaux, segundo quem “é necessário pensar politicamente o passado e historicamente o presente”. De acordo com Vainer, “o passado é reconstruído coletivamente a todo momento a partir da análise do presente e dando sentido àquele”. A ideia de revolução permite a possibilidade de “mudar o mundo”, segundo o coordenador do FCC-UFRJ. “Há um futuro diferente do passado e do presente. E essa ideia pode ser estimulante para alguns, mas amedrontadora para outros”, disse. Outro caráter do conceito de Revolução destacado pelo professor foi o de uma “obra coletiva”. Para Vainer, “embora as revoluções apareçam historicamente atreladas a seus líderes, as revoluções não acontecem por meio de iniciativas individuais. Documentos comprovam que Lênin não fazia a menor ideia de que a Revolução Russa seria possível um mês antes de ela acontecer”, comentou. Toda revolução é um evento global, segundo Vainer. No caso da Revolução Russa, a insurreição  “redefiniu o mapa da Europa e repercutiu mundialmente em todas as lutas sociais do século XX”, acrescentou. Por fim, o coordenador do FCC-UFRJ apontou o caráter de ruptura do evento revoluc ionário. “Mao Tsé Tung dizia que ‘a revolução não é um convite para um jantar’. Não quero com isso estimular a violência, mas alertar que toda insurreição é um ato de violência por meio do qual uma classe derruba a outra do poder”, concluiu.

Leonardo Valente, coordenador do curso de RI, traçou o cenário geopolítico por que o Império Russo passava antes da eclosão da revolução. “A Rússia já era um império com 130 milhões de pessoas, um dos maiores da história. Era um país agrário? Sim. Mas já era uma nação complexa com uma elite cultural e uma Literatura extremamente relevante. Eu ousaria dizer que a Rússia pré-revolucionária tratou-se do maior movimento literário da história da humanidade”, analisou. Valente também falou sobre o legado da Rússia, enquanto nação até os dias atuais. “Os principais analistas geopolíticos sempre apontavam a importância do domínio da Ásia. Por este motivo os Estados Unidos sempre se preocupavam com o caráter socialista da Revolução Russa e trataram de estabelecer relações com os países daquela região, de forma a neutralizar o poderio daquele país”, destacou. Mesmo nos dias de hoje, os efeitos se fazem presentes. “O que o governo russo está fazendo hoje é tentar retomar a sua importância geopolítica. E se o Ocidente não buscar compreender o caráter identitário da Rússia, a sua revolução e seus desdobramentos, passaremos por momentos difíceis num futuro muito breve”, finalizou Valente.

Compartilhe este conteúdo

Submit to Delicious Submit to Digg Submit to Facebook Submit to Google Bookmarks Submit to Stumbleupon Submit to Technorati Submit to Twitter Submit to LinkedIn Compartilhe no Orkut

Projetos de Extensão:

 

 

 

Redes sociais:

 




 

Especiais: 

 

 

 

  

 

Links úteis:

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aplicativo CFCH

 

 

© 2012 • Centro de Filosofia e Ciências Humanas  •  Universidade Federal do Rio de Janeiro    |    Todos os Direitos Reservados           |           Este site usa Joomla