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Entrevistas com os candidatos à Decania do CFCH

O Setor de Comunicação (SeCom) do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), cumprindo o seu papel institucional, entrevistou os dois candidatos à sucessão da Decania. Buscando sempre o equilíbrio, o espaço equânime destinado a ambos e o respeito aos diferentes pontos de vista, as perguntas dirigidas, o número de caracteres das respostas e o tamanho das imagens foram rigorosamente os mesmos. A ordem em que as entrevistas aparecem abaixo respeitou a do registro das candidaturas na comissão da pesquisa eleitoral do CFCH, de acordo com o documento em anexo. Confira abaixo.

 

Candidato 1 - Marcelo Macedo Corrêa e Castro foi decano do CFCH nas gestões 2006-2010 e 2010-2014 e diretor da Faculdade de Educação (FE) entre 2003-2006. É professor titular da FE-UFRJ, possui Licenciatura em Letras, Português-Literaturas (Universidade Federal do Rio de Janeiro,1979), mestrado em Educação (UFRJ, 1985), doutorado em Educação (UFRJ, 2002) e pós-doutorado em Educação (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, 2015). Atua com formação de professores para a educação básica e com pesquisa relacionada a esta formação, com ênfase no ensino da escrita. (Texto disponível na Plataforma Lattes.)

 

SeCom/CFCH – Por que o senhor deseja ser decano do CFCH?

Marcelo - É evidente que há uma dimensão que é do desejo. Mas uma decisão como esta passa por outros lugares, principalmente por uma avaliação sobre nossa condição para iniciar e desenvolver um processo de gestão que dura quatro anos. O desejo é fundamental, mas não é suficiente. Eu desejo ser decano por ser uma atividade na qual me sinto aproveitando, para o benefício da universidade, a capacidade que eu tenho para outras atividades, mas, que neste momento, seriam mais aproveitáveis no exercício da gestão, ao qual nem todos se dedicam. Eu direcionei a minha história de vida para isso. Então, a razão é essa: dar para a universidade aquilo que eu sei fazer melhor nos espaços onde eu considero que, nos últimos anos, fiz isso melhor.

SeCom/CFCH – Quais os desafios para as Ciências Humanas e Sociais nos próximos quatro anos?

As Ciências Humanas e Sociais têm um desafio já posto no mapa das ciências: o de conquistarem um espaço de respeito e de especificidade, o que vêm fazendo gradativamente. Mas os paradigmas das ciências não são exatamente os mesmos. Esse é talvez um dos esforços mais consistentemente empreendidos pelas sucessivas decanias, e que também desperta em mim a vontade de estar neste lugar, pois eu entendo que é uma das lutas básicas da Universidade, que tem uma razoável independência do cenário político, qual seja: as Ciências Humanas e Sociais estão construindo o seu lugar de pertencimento ao mundo acadêmico, que não seja um pertencimento menor, um pertencimento exótico. É um pertencimento com suas particularidades, mas sem nenhuma pecha em uma possível hierarquia das ciências. Esse é o desafio de sempre. Um desafio que não é novo, mas que agora se tornou mais agudo, é o de que dentro de um quadro de políticas de desmonte dos espaços públicos, de desinvestimento em pesquisa, em Ciência e Tecnologia, é evidente que as Ciências Humanas sofrem mais, pois essas políticas, desde sempre, não a qualificam tanto quanto as demais ciências. O desafio do momento é lutar para reverter que outras políticas venham em lugar das atuais, e que isso possa ser letal para o mundo da Ciência como um todo. E é claro que se nós recebemos menos recursos, elas são mais letais ainda.

SeCom/CFCH – O que a comunidade do CFCH pode esperar da sua gestão no próximo quadriênio?

Marcelo - O que se pode esperar é a defesa intransigente das decisões colegiadas, apoio incondicional e isonômico aos sujeitos do corpo social deste Centro e uma gestão feita com diálogo, avaliação e crítica propositiva. Nosso programa é um disparador da gestão, mas ele vai ser sempre renegociado, reajustado. Quando o servidor procura o dirigente e ele é efetivamente ouvido, nasce dali uma construção coletiva e não uma decisão monocrática. Isso foi o que me permitiu fazer gestões avaliadas como positivas. O decano tem que entender que está representando não apenas aquele que pensa igual a você, mas sim um coletivo com muitas divergências. Então ele precisa buscar as convergências e trabalhar baseado nelas.

 

Candidato 2 - Fernando José de Santoro Moreira é professor do Departamento de Filosofia desde 1992 e diretor do Laboratório OUSIA de Filosofia Clássica. Diretor de Programa no Colégio Internacional de Filosofia (Paris, França) e coordenador da versão brasileira do Dicionário dos Intraduzíveis. Foi secretário geral da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (2010-11), coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ (2012-2015), e vice-presidente da ADUFRJ (2017). Autor dos livros Os Filósofos Épicos: Xenófanes e Parmênides (2011), Arqueologia dos Prazeres (2007), Poesia e Verdade (1994). (Texto informado pelo próprio candidato.)

 

SeCom/CFCH – Por que o senhor deseja ser decano do CFCH?

Fernando - A candidatura, “Fernando Santoro (IFCS) e Daniela Guimarães (FE)” nasceu da confluência de quem deseja maior interação das Unidades do CFCH, sobretudo nos projetos comuns das Ciências Humanas, no trabalho de formação desde a educação básica até o ensino superior, na pesquisa, na extensão e no acolhimento dos estudantes. O nosso Centro precisa ser um catalisador criativo de todo o corpo social: docente, discente e técnico administrativo. Nosso desejo é construir uma relação transversal entre as Unidades, mudar a ideia hierárquica de uma instância que se coloca acima e às vezes como obstáculo aos fluxos das bases. Nosso sonho é construir com a UFRJ uma referência de reflexão sobre humanidades diversas e plurais para o país.

SeCom/CFCH – Quais os desafios para as Ciências Humanas e Sociais nos próximos quatro anos?

Fernando - O momento é de profunda crise civil no país, já ultrapassamos os limites de crise social e política. Nesse contexto, as humanidades precisam se reconstituir profundamente e as Ciências Humanas e Sociais têm uma responsabilidade enorme. Precisamos reunir esforços e deixar o isolamento disciplinar. Cada Unidade do CFCH tem a contribuir para duas agendas nacionais: a integração da educação básica até o ensino superior, com grande peso na formação de professores; e a ocupação dos vazios de conteúdo no campo das disciplinas de História, Sociologia e Filosofia, para citar apenas as que perderam a obrigatoriedade no Ensino Médio. Se a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) fala apenas de competências e habilidades, é hora de ocupar o vácuo e trazer conteúdos inauditos, como as culturas de matriz não eurocêntrica. Outro desafio é o acolhimento dos estudantes que agora provêm de todos os extratos sociais e não apenas de uma elite. É preciso rever essa ultrapassada limitação da Extensão, porque as carências da sociedade não estão mais apenas do lado de fora, elas estão dentro da Universidade Pública e precisam ser enfrentadas: não apenas a alimentação e a moradia, mas também a saúde física e mental, o acolhimento da maternidade, a orientação para o emprego. Por que não usar os saberes e energias da Universidade também para resolver as dificuldades dos seus estudantes?

SeCom/CFCH – O que a comunidade do CFCH pode esperar da sua gestão no próximo quadriênio?

Fernando - Primeiro, escuta de todas e todos, escutar é a melhor competência de qualquer gestor, é o que estamos fazendo mais, Daniela, eu e os que estão nos ajudando a construir uma proposta concreta. Segundo, não temer nenhuma ideia, as ideias correm em todas as direções, muitas vezes contrárias às que preferimos, mas essa é a grande riqueza de uma universidade. Terceiro, transversalidade da ação e colaboração: que nenhuma Unidade fique subestimada, isolada ou ensimesmada. Quarto, o quanto for possível, retirar os obstáculos burocráticos do Centro: que ele seja reconhecido como facilitador das ações coletivas e não como aquele entrave que requer nossa paciência em cada processo acadêmico administrativo.

 

Foto candidato 1 - Pedro Barreto/SeCom/CFCH.

Foto candidato 2 - Acervo do próprio candidato.

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