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CFCH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas

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Cineclube Pedagogias da Imagem exibe "Verdades e mentiras", de Orson Welles

 

A Faculdade de Educação (FE) da UFRJ realiza, na próxima terça-feira, dia 30, às 17 horas, a edição do mês de abril do Cineclube Pedagogias da Imagem. Na ocasião, será exibido o filme (F for fake - França/Irã/Alemanha Ocidental, 1973), de Orson Welles. 

Após a exibição, o professor Alexandre Mendonça, doutor em filosofia pela UFRJ, ministrará a palestra “Para além de verdade e mentira: considerações sobre as potências do falso”. O evento acontece no Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque, localizado no andar térreo do prédio do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no campus universitário da Praia Vermelha (Avenida Pasteur, 250, fundos, Urca). Entrada franca, sujeito à lotação do auditório (capacidade para 100 pessoas). Contato e agendamento de grupos: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. .

Para mais informações, acesse a página do evento.

Sobre o filme

Sendo o último filme completo dirigido por Orson Welles, “Verdades e mentiras” gira em torno da história de Elmyr - um pintor de quadros falsos que vende suas produções para museus famosos como se fossem legítimas, enganando toda a comunidade artística - e Clifford Irving - conhecido por ter feito uma das maiores falsificações da década de 1970, quando escreveu uma biografia fraudulenta de Howard Hughes, um dos maiores ícones estadunidenses do século XX.

No começo do longa, Welles quebra a quarta parede para explicar a temática do filme: “É sobre trapaça e fraude. Sobre mentiras.” e apresenta os dois personagens principais, tendo depoimentos e histórias intercaladas, conduzindo o filme em forma de documentário, com  quebras constantes da narrativa e da expectativa de continuidade, que nos faz pensar nas nossas noções de arte, seu valor e “aura” e como somos seduzidos pela mentira. Entre as histórias dos dois fraudulentos, o diretor consegue fazer um resumo da sua carreira, em uma sequência-chave da própria filmografia, contando partes de sua vida, o que torna a produção extremamente pessoal e até íntima.

Orson Welles ganhou fama em 1938, por interromper a programação da rádio em que trabalhava para fazer a transmissão de uma invasão extraterrestre que estaria acontecendo naquele exato momento. Na verdade, Welles estava fazendo uma adaptação radiofônica à obra de Herbert George Wells, A Guerra dos mundos - nome atribuído, posteriormente, a este episódio marcante da história do rádio. O que deveria ser uma pegadinha nas vésperas do Halloween, acabou causando um grande alvoroço; há relatos, inclusive, de diversos espectadores que acreditaram na suposta invasão. A alta credibilidade dada ao rádio na época, somado ao fato da narração de Welles ter sido feita com características de uma fala jornalística, facilitaram a aceitação, por parte do público, da narração como um relato verdadeiro, o que causou pânico em parte dos ouvintes.

No cinema, Welles ficou conhecido por seu trabalho como diretor, ator e roteirista do filme Cidadão Kane, de 1941. O longa, inspirado na vida de um poderoso nome da mídia americana na época, foi uma inovação sob diversos aspectos cinematográficos: usos das câmeras, fotografia, roteiro apresentando uma narrativa não cronológica a partir da curiosidade do significado da última palavra dita por Kane antes de sua morte - “Rosebud”, e apresentação de um personagem exemplo da caricatura americana do “self made man”. Cidadão Kane foi indicado a nove categorias do Oscar, mas ganhou apenas uma: Melhor Roteiro Original, para Orson Welles. O que não impediu o diretor de ser reconhecido mundialmente, tendo seu primeiro longa sido, inclusive, eleito como “melhor filme de todos os tempos”, em uma votação de cineastas e críticos, promovida pelo Instituto de Cinema Britânico.

Sobre o palestrante

Graduado em Comunicação Social pela UFF, o professor Alexandre Mendonça, doutor em filosofia pela UFRJ, hoje atua como professor da Faculdade de Educação (FE) da UFRJ. Em tempos de “fake news”, o debate pretende estimular reflexões na companhia do provocadora do documentário de Welles, que reflete sobre as relações entre mentira e verdade na construção de narrativas, informações, valores, e especialmente sobre o papel da arte e sua relação com a vida.  

Pedagogias da Imagem

Pedagogias da Imagem é um projeto mensal, coordenado pelo SeCult - Setor de Cultura, Comunicação e Divulgação Científica e Cultural da Faculdade de Educação da UFRJ, vinculado ao programa CINEAD - Cinema para Aprender e Desaprender. O projeto privilegia a relação entre cinema e pensamento, procurando instigar o público a refletir, com os filmes, sobre questões que eles suscitam e reverberam.

 

*Redação de José Augusto Bastos e Luana Maia, extensionistas do projeto Pedagogias da Imagem.

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