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CFCH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas

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Consuni aprova moção de apoio a Mauro Iasi

 Clique aqui para ler a nota na íntegra.

Para a professora Lilia Guimarães Pougy, decana do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), os ataques, virtuais e verbais, são “uma reação esdrúxula e inaceitável. O que está sendo violado aqui, além da integridade física do professor Mauro Iasi, é a nossa liberdade de expressão e o nosso debate ideológico. Isso é inaceitável. A UFRJ precisa se manifestar contundentemente contra isso em favor e em defesa da nossa liberdade. O debate ideológico não pode ser recalcado em função de uma reação conservadora e ignóbil existente na sociedade. O professor Mauro Iasi precisa do apoio de todos nós, colegas dele, no exercício de sua atividade acadêmica”, afirmou a decana, acrescentando que o Conselho de Coordenação do Centro deliberará, em sua próxima sessão, uma moção de apoio ao docente.

Para assistir à sessão do Consuni na íntegra, clique aqui.

Em carta à comunidade universitária, Iasi esclarece que o trecho de sua fala, utilizado pelos agressores para justificar os ataques, “tratava da reação do governo diante das grandes manifestações de massa promovidas pela direita, que pedia e pede o impeachment, e de setores sociais que apoiavam o governo, mas exigiam uma pauta de mudanças”. De acordo com o professor, “o fato paradoxal de a presidente demonstrar-se aberta ‘ao diálogo’ com as manifestações da direita, ao mesmo tempo em que nada indicava na direção das demandas que partiam dos setores sociais que se dispuseram a apoiá-la, (...) havia um grande risco na postura de tentar garantir-se no cargo pela via da concessão às pressões dos setores mais conservadores da direita e da extrema direita, uma vez que estes segmentos não querem de fato nenhum diálogo”. Por este motivo, Iasi declamou o poema, utilizando-se de ironia, numa referência às “classes dominantes que sempre se empenham na opressão e na violência contra os explorados, mas no momento dos confrontos apelam para suas boas virtudes”. 

Segundo ele, os ataques têm acontecido não apenas em sua página pessoal, como se estendem ao seu local de trabalho, mas que está “tomando todas as medidas cabíveis, do ponto de vista político e jurídico, para responsabilizar as pessoas e organizações responsáveis por estes atos de clara tentativa de intimidação”. Na análise do docente, as ameaças “tentam criar um factóide para reproduzir a velha paranóia anticomunista, uma cortina de fumaça que tenta esconder os interesses abertamente reacionários destes segmentos saudosistas da Ditadura do grande capital que se impôs à sociedade brasileira com todas as consequências por nós tão bem conhecidas”. Ademais, as tentativas de intimidação procuram “atacar diretamente a autonomia da Universidade produzindo uma espécie de veto político à existência de posições de esquerda no interior das instituições de ensino”. Iasi conclama ainda a Universidade a afirmar “não apenas sua autonomia, mas a defesa deste espaço como espaço de reflexão, de crítica e de debate plural, no qual as posições de esquerda não apenas conquistaram legitimidade acadêmica e política, como compõem de fato e de direito a comunidade universitária”. 

Por fim, o professor da Escola de Serviço Social da UFRJ afirma que encara “como natural que em tempos tensos e obscuros como os nossos, análises de conjuntura e poemas ofendam e provoquem a reação violenta daqueles que representam, por ideias e ações, o irracionalismo e a desumanidade”.

Para ler na íntegra a carta, clique aqui.

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