Aconteceu, na manhã desta terça-feira, dia 13, uma reunião entre a equipe da Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), a ouvidora-geral da UFRJ, professora Cristina Ayoube Riche, e representantes da ONG SaferNet Brasil. O objetivo foi articular conhecimentos e experiências com o objetivo de discutir formas de prevenção de ciberbullying, assédio moral virtual e outras formas de violência praticadas pela internet. 

Rodrigo Nejm, diretor de Prevenção da ONG SaferNet Brasil, disse que a ideia é vincular atividades acadêmicas e fomentar o debate sobre crimes via internet nos currículos de cursos como Pedagogia, Serviço Social e Psicologia, principalmente. “Neste momento, o nosso foco é trabalhar com professores, alunos, criar multiplicadores dessas discussões e capacitar profissionais que atuarão nos Cras (Centros de Referência de Assistência Social), Creas (Centros de Referência Especializados de Assistência Social) e demais entidades que lidem com esses temas”, afirmou. 

Ana Oliveira, procuradora da República do Ofício da Cidadania e Minorias do Ministério Público Federal, destacou que o projeto do Ministério Público com a UFRJ visa também provocar a reflexão nos estudantes. “Queremos nos aproximar dos alunos. Muitas vezes, as vítimas são também os violadores que reproduzem as práticas abusivas que sofrem”, disse. Flávia Ferreira, assistente em Administração da Escola de Comunicação (ECO), sugeriu que o debate envolva também grupos de estudantes ativistas. “Temos diversos desses grupos na ECO. Podemos partir deles para chegar até a incorporação desses temas nas grades curriculares dos cursos”, propôs. 

Cristina Riche falou sobre a importância do debate no atual momento da universidade. “Recebemos na Ouvidoria diversos casos de ciberbullying, além de casos de ataques à liberdade de cátedra, que são compartilhados via internet. Precisamos estar preparados para lidar com eles”, disse a ouvidora-geral da UFRJ. Marcelo Macedo Corrêa e Castro, decano do CFCH, enfatizou a necessidade do debate acerca do uso da internet entre os professores. “A língua não é um ente que paira acima dos seres humanos. Ela está em constante transformação. É por isso que todos precisam se atualizar sobre este debate”, destacou.

Entre os encaminhamentos, foi sugerida a realização de eventos envolvendo os quatro segmentos da universidade, em que o tema seja colocado em debate.

Texto e foto: Pedro Barreto/SeCom/CFCH

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