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Decania promove encontro sobre representação

O objetivo foi a conscientização para o processo eleitoral que definirá os representantes do Centro nos próximos anos. (Ver matéria “Conselho do CFCH define datas para eleições de representantes”). “Temos uma histórica dificuldade de preencher todas as vagas no CFCH. Sempre acionamos os diretores de unidade para a mobilização. Mas, para além desse esforço institucional, temos que tratar de revitalizar o sentido político de representação”, afirmou Lilia Guimarães Pougy, decana do CFCH,  que também lembrou da importância de ocupar as vagas destinadas ao Centro. “Por que isso não nos ocupa como uma questão estratégica? Enquanto isso, as demais áreas estão organizadas, pautando a agenda da universidade nos colegiados”, completou. 

A professora Lúcia Rabelo de Castro, do Instituto de Psicologia (IP), e ex-representante do CFCH no Consuni, concorda que o debate acerca da representação é emergencial, mas também estrutural. No entanto, a docente aponta a necessidade de refletir sobre o modelo de representação na universidade. “Temos que politizar a questão dentro das unidades. Acabamos fazendo das reuniões algo extremamente burocrático. Se não repensarmos essa questão, as pessoas continuarão afastadas”, afirmou a professora do IP-UFRJ. Para ela, os representantes não têm tempo para se dedicar a discussões com seus pares e a representação perde o sentido, pois as posições tomadas acabam sendo mais de foro pessoal do que fruto de um consenso entre a categoria. “Na época da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, proposta pelo Ministério da Educação como solução para a gestão dos hospitais universitários), tentei fazer reuniões com os professores, mas ninguém apareceu. Essa representação precisa ser repensada para valer. Temos que fazer um estatuto da UFRJ para discutir essa questão: como se representa e como realizamos isso na universidade”, disse a docente.

Mohammed Elhajji, professor da Escola de Comunicação (ECO) e coordenador de Integração Acadêmica de Pesquisa da Decania do CFCH, corrobora a opinião sobre o esgotamento do atual modelo de representação, mas aponta saídas. “O objetivo é pensar em estratégias para contagiar nossos pares e provocar a mobilização. Talvez, através de ferramentas eletrônicas, e-mails, redes sociais, entre outras”, disse Elhajji, que também sugeriu a realização de rodízios dentro das unidades, de forma a envolver todos os docentes. Sabrina Moehlecke, professora da Faculdade de Educação (FE) e coordenadora de Integração Acadêmica de Extensão da Decania do CFCH, sugeriu a criação de fóruns para debater pautas a serem apreciadas nos colegiados. “Tem que haver um foco, algo que agregue as pessoas, ideias que perpassem essas representações. A ideia da criação de um espaço de discussão, com reuniões mensais, por exemplo, pode ser interessante”, propôs.

Kátia Sento Sé Mello, professora da Escola de Serviço Social (ESS) e representante do CFCH no Comitê do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (Pibic), concorda com a criação de espaços de manifestação de demandas das três categorias da comunidade acadêmica. Além disso, a docente sugeriu uma maior aproximação das pró-reitorias. “Há uma tendência de outras universidades nesse sentido. A UFF (Universidade Federal Fluminense), por exemplo, realiza reuniões periódicas entre pró-reitores e representantes”, afirmou. 

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