O filme narra a história da Revolução de 1905 na Rússia pré-revolucionária, no episódio em que marinheiros de um navio se rebelam contra os abusos dos comandantes e tomam o controle do Potemkin, com apoio da população da cidade de Odessa. O motim é fortemente reprimido pelas forças czaristas. “O diretor escolheu o Potemkin para falar do movimento de 1905, mas o roteiro da Revolução era uma longa história que não teria tempo de ter sido feita”, conta o cineasta. “Em 1952, 58 e 61, o filme foi considerado o melhor da história do cinema. Até hoje está entre os melhores”, afirmou o cineasta. “Potemkin foi incorporado à gramática do Cinema”, completou.
Segundo Campos, o filme é um mosaico que vai construindo um grande movimento coletivo pela população ao longo da história. “Existe um personagem: o povo. Não tem atores profissionais porque ele não queria grandes atores, ele queria um grande 'nós”, comentou. “Encouraçado Potemkin é um símbolo revolucionário. Eu já vi esse filme várias vezes e sempre me emociono”, disse. “É um testemunho sentimental da Revolução e isso me emociona. Ele tinha essa ideia de que era possível criar algo coletivamente, muito melhor. E foi essa carga de emoção que fez o filme ser um dos mais perseguidos”, analisou.
O cineasta ressaltou ainda a contribuição do filme para além do cinema. “Outra coisa fundamental: o importante não é o narrar da história, é o ritmo, a sensação. Ele ficou muito famoso pela montagem, mas também tem o plano, a música e uma série de qualidades”, disse. Para Campos, “o Cinema é uma arte herdeira de muitas outras artes”, como a Arquitetura e o Teatro. “A montagem é a contribuição original do Cinema para as artes, que não existia antes dele”, concluiu.
Confira aqui a programação completa do “Quartas Vermelhas” e da exposição “A Revolução em Imagens”.
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