A professora Ana Maria Monteiro, diretora da unidade, relatou a preocupação com as instalações na última reunião do Conselho de Coordenação do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), realizada no dia 25. “O risco de incêndio é latente. Como as telhas estão danificadas e as calhas não dão vazão para o volume de chuvas, a água escorre para o forro, onde há muita fiação elétrica e outros materiais de rápida combustão”, disse.

Maurício Marinho, diretor da Divisão de Projetos em Imóveis Tombados (Diprit) da UFRJ, afirma que os reparos emergenciais serão realizados pela Prefeitura Universitária. “Foram trocados e complementados mais de três metros quadrados de telhas danificadas e uma limpeza da rede de captação e escoamento das águas pluviais. Nesta semana será feito um reforço com a instalação de lonas em cima das partes que apresentaram maiores necessidades. Está prevista ainda a realização de um mapeamento dos danos durante a próxima chuva no forro para identificar pontualmente o que está acontecendo, uma vez que muitas vezes a água percorre um caminho dentro do forro e aparece em local diferente”, explicou Marinho.   

O diretor da Diprit justificou ainda a opção pela realização das intervenções por parte da Prefeitura Universitária. “Podemos fazer as reformas imediatas com recursos próprios, sem a necessidade de abertura de licitação para contratação de uma empresa apenas para consertar telhas. Estive pessoalmente no local e atestei a melhora das condições do prédio. Os operários estão trabalhando desde a sexta-feira passada (22/8) e continuarão até concluírem o serviço”, garantiu. 

Sobre a reforma completa do Palácio - necessária devido ao incêndio na capela em março de 2011 e exigida através de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre a UFRJ e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2010 – Marinho afirma que serão necessários 90 dias para a abertura do processo licitatório. No entanto, uma das empresas que já atua na reforma de prédios tombados da UFRJ esteve no campus da Praia Vermelha e já realiza as inspeções iniciais. “Vamos ouvir as três empresas necessárias para garantir a lisura do processo e que aquela escolhida seja a mais qualificada para executar o serviço”, afirmou o diretor da Diprit.

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