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Sucessão da Decania do CFCH: candidatos debatem propostas para a EEI-UFRJ

 

A Escola de Educação Infantil (EEI) da UFRJ recebeu o segundo debate entre os candidatos à sucessão da Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) para o quadriênio 2018-2022. Os professores Marcelo Macedo Corrêa e Castro, da Faculdade de Educação (FE), e Fernando José de Santoro Moreira, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ, conversaram com o corpo social da Escola, no último dia 23, e apresentaram suas propostas para o órgão suplementar do CFCH. 

De acordo com as normas definidas pela Comissão de Pesquisa para Decano, Corrêa e Castro iniciou a apresentação. O professor da FE-UFRJ recordou a trajetória do CFCH e a importância dos centros universitários, e do CFCH em específico, na estrutura da universidade. “Durante a gestão (José Henrique ) Vilhena (1998-2002), o Conselho de Coordenação do CFCH tinha que se autoconvocar, porque o decano (Carlos Alberto Messeder Pereira) não o convocava. Então, desse movimento de reação surge uma nova concepção de Centro, E eu diria, sem medo de errar, que o CFCH, foi o que mais avançou na reinvenção dos centros e, portanto, das decanias”, comentou Corrêa e Castro, destacando o papel do decano no diálogo com as unidades que integram o CFCH. “O Centro é o conjunto do seu corpo social e das suas unidades. Ele se articula coletivamente a partir de diversas ações, mas o que está previsto é que o Conselho de Coordenação seja este lugar. O decano é um executivo de decisões colegiadas. É óbvio que ele tem que propor, que pensar a universidade, mas ele tem que saber ouvir”, expôs o professor da FE-UFRJ. 

Corrêa e Castro também lembrou o início da Escola de Educação Infantil, como uma creche que atendia aos filhos de servidores, até o momento atual, como uma unidade que pretende realizar ensino, pesquisa e extensão em Educação Básica. “Ela (a Escola) tem que passar a ser, intencionalmente, uma unidade de formação de professores, que não precisava ser (antes de se tornar órgão suplementar do CFCH). Há ganhos nisso, mas ela precisa construir esse lugar, pois ele não está dado. Nós temos uma longa estrada para construir um desenho virtuoso e consistente para as nossas práticas de Educação Básica e isso só vai prosperar se o CAp (Colégio de Aplicação), EEI, FE e quem mais quiser se aproximar, construir aproximações”,  analisou o professor da FE-UFRJ. “No meu programa, proponho ‘apoiar o processo de consolidação das  necessárias articulações entre as instâncias dedicadas à Educação Básica’. Como proponho também a consolidação do Complexo de Formação de Professores. A Decania instituiu um comitê permanente da Educação Básica no âmbito do CFCH. Isso demonstra que esse coletivo ao qual eu pertenço está preocupado com a Educação Básica, onde existem inúmeros sujeitos preocupados com este tema”, completou Corrêa e Castro.

Fernando Santoro se apresentou como conhecedor da estrutura da universidade, onde já atuou como estudante – de graduação e de pós-graduação – professor substituto, professor - de graduação, de pós-graduação e de extensão – e vice-presidente do Sindicato dos Docentes (Adufrj). “A Adufrj estava se burocratizando, assim como está se burocratizando muitas das instâncias da universidade. Estou incomodado com essa estrutura administrativa gigantesca e excessiva. É um compromisso nosso tentar desburocratizar o Centro: o que não precisar passar (no Conselho de Coordenação) não passe, e vamos ocupar nossas energias com outras coisas mais importantes”, disse. O professor do IFCS-UFRJ falou sobre o grupo que pretende estar à frente da Decania do CFCH nos próximos quatro anos. “A proposta foi construir uma chapa - ainda que regimentalmente se vote em um único nome - que não podia ser só de uma unidade, nem só de um campus”, explicitou. O professor do IFCS-UFRJ também aproveitou para explicar a escolha pela professora Daniela Guimarães, da FE-UFRJ, como sua substituta eventual. “A nossa última condição para a construção deste grupo: não podia ser uma chapa só masculina. Tinha que ter um homem e uma mulher. Porque as demandas e os ouvidos são diferentes e nós precisamos dessa diferença. Nós precisamos ter todo tipo de escuta para um corpo social tão diverso e tão grande como é o nosso”, comentou Santoro. 

A exemplo do primeiro debate da campanha, realizado no Colégio de Aplicação (CAp), Santoro propôs uma mudança nos currículos da Educação Básica. “Precisamos repensar os conteúdos que são trabalhados em História, Filosofia e Sociologia, para citar só as disciplinas do ensino médio que deixaram de ser obrigatórias, com a atual reforma do ensino médio. Vocês vão nos dizer quais são os conteúdos que precisam aparecer já com as crianças. Por que nós temos tão poucos livros infantis que incorporam as tradições de matriz africana?”, questionou. “Nós somos capazes de produzir esses novos conteúdos. Se nós formos capazes de fazer um desenho estrutural integrando a Educação Básica como um todo e ainda produzir os conteúdos, nós podemos ser um exemplo para a educação nacional. E a UFRJ pode voltar a ser um ator protagonista no desenho da educação brasileira”, projetou o professor do IFCS-UFRJ. 

Corpo social da Escola apresenta questões aos candidatos

Na segunda parte do debate, os candidatos responderam a perguntas das professoras da EEI-UFRJ. A diretora Alessandra Sarkis indagou sobre os problemas orçamentários enfrentados pela Escola. Alessandra afirmou que os valores prometidos giram em torno de R$ 50 mil, mas esses recursos não têm sido entregues. Para Santoro, é preciso uma interlocução com a Administração Central para que este orçamento seja efetivamente entregue à Escola. “A primeira coisa é fazer sair do papel para a prática esse orçamento. É preciso ter uma conversa direta com a Pró-Reitoria de Finanças (PR-3) para que essa palavra não fique nas nuvens”, disse. O professor do IFCS-UFRJ sugeriu ainda um debate com o Colégio de Aplicação (CAp). “A segunda coisa é resolver a situação da integração com o CAp. Qual é a situação de vocês? Vocês terão um orçamento partilhado e poderão receber parte do (orçamento aplicado pelo) Sesu (Secretaria de Educação Superior) que o CAp recebe ou vocês são uma unidade independente e serão reconhecidas também pelo Sesu e terão essa verba que é importantíssima para o financiamento de modo autônomo?”, indagou. 

Corrêa e Castro sugeriu que o Setor Financeiro da Decania do CFCH intermedie o repasse desse orçamento até que a Escola efetivamente assuma a sua autonomia financeira. “O grande pleito das unidades era ter autonomia, só que elas não tinham como executar. Decidir o que fazer com o dinheiro ninguém discute. Você decide o que fazer com o dinheiro, mas não há como executar esse orçamento. Comprar uma caixa de grampos é uma dificuldade. Então, o CFCH retomou esse lugar, porque ele tem um Setor Financeiro muito bem estruturado, graças ao trabalho que nós fizemos nesses anos todos, e nós auxiliamos na gestão do IH e do NEPP-DH”, analisou. “Em relação à Escola, nós temos não apenas que assegurar os R$ 50 mil, mas também que entrar no bolo dos recursos e dividi-los. Então, eu posso dizer que há um cenário promissor, caso o NEPP-DH, de fato se torne uma unidade gestora, a Decania pode fazer essa transição”, propôs. 

A última pergunta do debate ficou por conta de Maricélia Costa, mãe de aluno e estudante da Faculdade de Educação, e indagou sobre a formação dos professores e a integração desses docentes à universidade. Santoro, que defendeu a passagem automática das crianças da EEI para o CAp, propôs a ampliação de atividades de extensão em ambas as unidades, como forma de integração. “Uma das coisas que eu acho muito importante é redefinir a ideia de extensão que está muito restrita em sua atual concepção. Nós não consideramos nenhuma ação para os nossos estudantes como uma ação de extensão, quando os nossos estudantes têm carências da sociedade e que nós temos que tentar solucionar também. Por que questões como a maternidade, o transporte, a saúde física e mental não podem ser objeto de ações de extensão? Houve uma inclusão efetiva no acesso à universidade e nós temos que responder a essa inclusão”, argumentou o professor do IFCS-UFRJ.

Já Corrêa e Castro lembrou a passagem da EEI, de uma creche onde os servidores podiam deixar seus filhos enquanto trabalhavam, para um órgão suplementar do CFCH, a partir de 2013. “Por que a Escola faz parte da universidade? Porque ela forma, ensina, faz pesquisa e faz extensão, inclusive. Quando a Escola virou instituição, teve gente defendendo a sua municipalização, ou o seu fim. O CFCH foi um parceiro, mas disse: nós precisamos consolidar esse lugar de formação. Não pode ser mais uma escola na malha, que tem problemas. E aí está a política do município fechando escolas. Se ela tivesse sido municipalizada, provavelmente não existisse mais. Então, a nossa luta é visibilizá-la como um lugar em transformação, mas que merece a confiança de que vai chegar neste outro lugar. Mas, para isso, nós vamos ter que brigar”, finalizou o professor da FE-UFRJ.

A diretora da EEI-UFRJ, Alessandra Sarkis, considerou importante  a oportunidade de debater os projetos e as formas de inserção da Escola na futura gestão do CFCH. “É um momento histórico ter a presença dos candidatos a decano e poder discutir os projetos com referência à educação básica e como a Escola se insere nesses projetos. Eu acredito que nós vamos construir, juntos com o decano que vai ser eleito, essa nova história”, analisou. Alessandra destacou a participação das professoras no debate, apresentando questões aos candidatos. “Eu vi uma mobilização grande do corpo funcional da escola, interessado em participar e discutir esses projetos. São projetos que fazem interlocução com a nossa unidade e isso mobiliza o nosso corpo social. Essa discussão é importante porque ela faz visibilizar o nosso lugar no CFCH e na universidade como um todo”, concluiu a diretora da EEI-UFRJ.

 

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Fotos: Daniele Grazinoli/SeCult/FE-UFRJ

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