RELATÓRIO DE GESTÃO
2006-2010/2010-2014

Coordenação de Integração Acadêmica de Graduação

A Coordenação de Integração Acadêmica de Graduação (CIAG/CFCH) ao longo dos dois mandatos contou com a participação de diferentes docentes na titularidade do cargo: Andréa Teixeira (2006/2008), Sheila Backx (2009/2013) e Claudia Bokel (2013/2014). Independentemente da ocupante do cargo, foram desenvolvidas ações consoantes às diretrizes e metas estabelecidas pela Decania do Centro, já detalhadas na parte inicial do presente relatório. Neste sentido, a menção ao conjunto de ações desenvolvidas pela CIAG/CFCH ao longo dos mandatos 2006/2010 e 2010/2014 será apresentada a partir das diretrizes do CFCH para o período.

Em relação às ações voltadas para buscar soluções para as questões relacionadas aos espaços físicos ocupados pelas unidades e órgãos suplementares do CFCH, cabe destacar o papel da CIAG no que diz respeito à consolidação da Comissão Mista de Salas de Aula da Praia Vermelha – usualmente conhecida como Condomínio da Praia Vermelha. No primeiro mandato, foram envidados esforços para que os prazos a serem seguidos pelos cursos participantes fossem integrados ao Calendário do CEG – tarefa facilitada em sua execução, pois, à época, a Coordenadora da CIAG era também representante do CFCH junto ao CEG.

A participação na Comissão permitiu o acumulo de informações que contribuíram para construir uma lógica de ocupação dos espaços (que resultou na Resolução Conjunta CCJE/CFCH). Com a criação dessa Resolução, a Secretaria da Comissão passou a ser sediada na Secretaria das Coordenações de Integração Acadêmica do CFCH (vide relatório específico), permitindo um acompanhamento mais sistemático, bem como a elaboração de dados – amplamente divulgados em reuniões realizadas com os usuários do Condomínio e com as Decanias, de modo a parametrizar o uso do espaço. Na condição de membro da Comissão Mista, a CIAG participou ativamente da realocação de espaço para os cursos atingidos tanto com o incêndio da Capela do Palácio Universitário, como com o desabamento do telhado da ESS e das discussões relativas às obras e a ampliação de salas de aula na Praia Vermelha.

Evidentemente, como balanço crítico desse período, deve ser mencionado o avanço conquistado no uso mais racional do espaço da Praia Vermelha. Contudo, devem ser observados: os limites de espaço físico real (posto que os Módulos não representam o modelo de solução defendido pelo CFCH, face aos custos e a sua provisoriedade), assim como a persistência de algumas unidades que não dispõem de espaço próprio em utilizar para fins não públicos os espaços comuns – situação que talvez seja alterada com o entendimento da 6ª Turma do TRF da 1ª Região que proibiu a Universidade Federal de Goiás de cobrar pelos cursos de pós-graduação lato sensu realizados em suas dependências. Lamentavelmente, também a situação de uso do espaço da Praia Vermelha se vê condicionada pela existência de diferentes projetos de Universidade que se confrontam entre si.

No que diz respeito à promoção de ações de integração acadêmica de ensino, pesquisa e extensão, cabe mencionar que a CIAG teve participação nas edições da Semana de Integração Acadêmica (SIA) promovidas pelo CFCH. Com formatos diferentes, a última edição da SIA investiu maciçamente na discussão sobre flexibilização curricular, sobre as diferentes concepções de extensão, avaliação discente pelos docentes, utilização dos sistemas da Universidade (SIGA, SIGMA). Contudo, a realização anual da SIA ficou comprometida pelas questões mais amplas que a UFRJ como um todo teve que enfrentar nos últimos anos.

A CIAG/CFCH, ao longo do período dos dois mandatos, participou – direta ou indiretamente - da organização das sete edições da Jornada de Iniciação Científica da UFRJ, ora como organizador direto (principalmente na fase inicial do mandato), ora como apoiador institucional das Comissões Organizadoras da JIC no âmbito do CFCH. Vale ressaltar que a magnitude desse evento levou o Conselho Diretor a optar pela constituição de Comissão específica para fins de organização da JICTAC – decisão que se revelou acertada tanto do ponto de vista da organização, como também da possibilidade de avaliação externa, mesmo que ainda no âmbito do CFCH. Somente na edição de 2013 voltou a ser assumida por docentes diretamente ligados à Decania (Profas. Anna Marina, Claudia Bokel e Leila Rodrigues), em função da necessidade de encaminhar propostas visando a maior integração entre as áreas envolvidas/mobilizadas, permitindo, assim, que a JICTAC possa vir a se constituir efetivamente em uma Semana de Integração Acadêmica.

Ainda dentro dessa linha de ação, vale mencionar a participação na criação, na constituição e funcionamento do Comitê de Ética em Pesquisa no âmbito do CFCH. Esse Comitê é o segundo a ser criado no país (o primeiro está sediado na UnB), constituindo-se em demanda antiga dos docentes da área de humanas, em função da dificuldade de compreensão das especificidades da área quando da avaliação em Comitês sediados na área de Saúde – grande maioria dos existentes.

Deve-se ainda mencionar a participação da CIAG no que anteriormente consistia na ação prevista como “Censo dos estudantes do CFCH”; esta ação – como mencionado na parte inicial deste relatório - foi reformulada e hoje se consubstancia no projeto CFCH em Dados, posto que – sobretudo, a partir das questões relativas à adoção, no âmbito da UFRJ, do sistema de cotas – se propôs a levantar, manter e atualizar indicadores relativos a estudantes, docentes e servidores do CFCH, que ajudem a construir um mapa de dados do Centro e de suas unidades e órgãos complementares. O relatório específico sobre o desenvolvimento do trabalho se encontra na parte relativa às ações desenvolvidas no setor de Atividades Culturais.

Ainda como decorrência dessa adesão ao sistema de cotas, vale mencionar a participação da CIAG na reunião convocada pela PR-1 que desejava homogeneizar as ações de suporte acadêmico para o conjunto dos alunos dos diferentes cursos da Universidade que foi devidamente recusada, em função da discussão acumulada no âmbito do CFCH. Daí surgiu o redimensionamento do CFCH em Dados, bem como do PADES – aqui sumariamente descrito.

A proposta de criação de um Programa de Apoio à Docência do Ensino Superior – PADES desenvolvida a partir de ações do CFCH, decorre do Memorando 298/2010 da Pró-Reitoria de Graduação (PR-1), que suscitou o Memorando 020/2011 do CFCH, para elaboração de um Programa de Apoio Pedagógico com o objetivo de desenvolver ações que visem convidar os “docentes do CFCH a problematizar suas práticas (pedagógicas) à luz dos conhecimentos específicos na área de Educação e, em especial, ensino” (Memo 020/2011).

Em vista disso, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) atuou diretamente com a Faculdade de Educação, na produção de uma série de ações que visavam a atender a essas solicitações. (O documento final do PADES pode ser encontrado em anexo).

Assim surgiu o Programa de Apoio à Docência do Ensino Superior, coordenado pela PR4 e executado pela Faculdade de Educação, com o apoio integral do Centro de Filosofa e Ciências Humanas, porque foi neste Centro inicialmente gestado, e que tem como objetivo maior ajudar a promover o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos docentes da UFRJ, pensadas e estruturadas na articulação entre saberes e práticas, e da inerente dialogia entre estes, dando-se especial atenção às que ocorrem nos cursos de graduação. Em relação à meta de ampliar a integração dos cursos de graduação das unidades do CFCH que, como mencionado na parte inicial deste relatório, foi redirecionada para a integração por meio dos currículos existentes, cabe mencionar que no primeiro mandato foram realizados contatos com o CCJE no sentido de tentar identificar disciplinas que poderiam ser ofertadas na perspectiva de integração. No segundo, a persecução dessa meta implicou em contatos com os vários cursos no âmbito do CFCH; porém, como todos estavam envolvidos em processo de reforma curricular, não se conseguiu caminhar efetivamente nessa ação, sendo somente indicado o aumento da oferta de vagas em disciplinas que pudessem atender aos interesses de alunos dos diferentes cursos do CFCH. Contudo, não houve condições de se avaliar se esse acordo foi efetivamente cumprido, pois a readequação curricular pode, efetivamente, ter implicado em ocupação plena das vagas ofertadas.

Vale mencionar a ação da CIAG no sentido de regularizar a situação dos cursos de licenciatura do CFCH que ainda se encontravam no formato usualmente conhecido como “3+1”, necessitando de reformulação, nos termos definidos pelo MEC. Foram realizadas reuniões com a PR-1, com Diretores de algumas unidades acadêmicas objetivando garantir direitos dos alunos e cobertura legal para os cursos que ainda funcionavam nesse formato.

Também pode ser arrolada nessa ação a criação do documento eletrônico intitulado “Instruções básicas para o estudante de graduação do CFCH/UFRJ: elementos para uma cidadania universitária” – mais conhecido como “Manual do Estudante do CFCH”. Esse documento foi elaborado pela CIAG/CFCH, a partir de necessidade reconhecida pelo Conselho Diretor, com o apoio direto da Secretaria da CIA. Além de voltado especialmente para o aluno do CFCH (apontando as instâncias de recurso colegiadas do Centro), seu diferencial é a condição de hipertexto – formato adquirido com o auxílio de docente do Curso de Produção Editorial da ECO e seus bolsistas; a capa também foi elaborada por outro docente da ECO. Desta forma, o aluno pode acessar o tema que deseja a partir do índice temático que consta do documento. Elaborado em 2011, há necessidade de ser atualizado e de ocupar um “espaço” maior de divulgação. Apesar de informado aos Coordenadores de Curso sobre sua existência e necessidade de divulgação, não foram feitos links para o documento original e, ao que se saiba, somente a ESS fez divulgação impressa do aludido Manual. O documento se encontra disponível em: http://www.cfch.ufrj.br/images/coord-graduacao/Manual_do_Estudante_UFRJ_30_01_13.

Ainda dentro da lógica de disponibilizar informações para os alunos, a CIAG também passou a apresentar na página do CFCH o Calendário dos atos acadêmicos de uma forma simplificada e de fácil compreensão pelos alunos, já que nem todas as unidades divulgam o conjunto dos atos acadêmicos para os alunos. Está disponível em: http://www.cfch.ufrj.br/index.php/calendario-academico-2013.

Em relação ao Curso de Relações Internacionais, a CIAG também teve uma participação ativa, mesmo em gestão anterior. Ao final do primeiro mandato, foi elaborado um relatório apontando todos os problemas que estavam sendo enfrentados pelo Curso e algumas medidas prementes que deveriam ser adotadas para saná-las. Foi quando o Curso veio transferido do IFCS (inicialmente, foi instalado no subsolo do Bloco K do CCS) para a Praia Vermelha, sob fortes protestos de membros do corpo social do CCJE.

Apesar da alegação inicial de falta de espaço para o Curso por parte de membros do CCJE, o curso de Relações Internacionais foi plenamente implementado e já foi reconhecido pela Comissão de Especialista do MEC. Hoje, a CIAG integra o Colegiado do Curso, participando das discussões e decisões sobre seu encaminhamento; ainda existem problemas decorrentes de um curso criado dentro da lógica multicêntrica, mas muito já se avançou; em relação às instalações, vale recordar que a CIAG, em consonância com a Decania, solicitou à PR-1 os equipamentos para instalação de Laboratório de Informática no 3º andar do CFCH; contudo, os equipamentos estão sendo transferidos para o LIG do Instituto de Economia, onde o atual Coordenador garantiu acesso dos alunos do Curso. Aguarda-se, agora, a aprovação das Diretrizes Curriculares para a área para que se possa proceder a sua reforma curricular.

Vale ainda ressaltar que a CIAG, exercendo sua função assessora, acompanhou a sistemática da Seção de Ensino do CFCH na prática de alguns atos acadêmicos, objetivando diagnosticar problemas que eventualmente afetassem os procedimentos estabelecidos pelo CEG e pelas Unidades Acadêmicas. Desta forma, foram sugeridas à Decania/Superintendência do Centro, algumas ações em relação aos procedimentos de matrícula inicial e de matrícula por transferência, em função da delonga dessas ações.

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